Milagre o Testemunho da Verdade

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mais um, de protestante a Católico: A eucaristia me converteu!


eucaristiaconsagracao
Assim que me ajoelhei na Catedral de São Pedro na Missa Diária, meu coração se esforçou para saber o que Deus queria que eu fizesse. O ano passado abriu meus olhos para a beleza da Missa e para a verdade da Fé Católica, mas eu não poderia me tornar católico. Como eu poderia desistir do que eu tinha trabalhado tão para realizar? Agora que eu fui bem sucedido no que eu sempre quis fazer, não seria tolice caminhar longe de tudo? O que aconteceria se minha esposa não fosse ou não pudesse me seguir em minha jornada espiritual? Deveria eu por meu casamento em risco ou por nossos filhos em confusão? Eu simplesmente não sabia o que fazer ou onde eu estava indo em minha vida.
Naquele dia a missa foi a mesma que eu tinha ido conhecer no ano passado. O que parecia esquisito e estranho era agora precioso e convidativo. Tão convidativo foi o que senti como se um imã gigante me puxasse para algo maior que eu mesmo. Quando chegamos ao Rito da Comunhão, o padre levantou a hóstia para todos verem e disse estas palavras: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor, eis o cordeiro de Deus que tira o todo pecado do mundo!”.
Como muitas vezes tinha visto esta hóstia antes! E como muitas vezes eu tinha acreditado naquelas palavras em minha alma! Mas hoje foi diferente. Assim que olhei para hóstia nas mãos do padre, as palavras brotaram da minha alma alcançando meus lábios. Com um pequeno sussurro eu disse a mim mesmo: “Eu realmente acredito nisso. Isto é realmente o Filho de Deus, o Cordeiro do sacrifício que levou os meus pecados.” Com um novo e profundo sentido eu disse com a congregação: “Senhor eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo.” Assim que deixei a igreja de São Pedro em Jackson, no Mississippi naquele dia, eu soube profundamente em meu coração que algum dia tinha me tornado católico.
Aquele dia foi um auge e um começo. Eu tinha estudado a Eucaristia intensamente por dois anos. Eu cheguei a acreditar que Cristo tinha intenção em suas palavras, “Isto é o Meu Corpo” ser levado a sério e sabia que a fé cristã não foi uma teoria acadêmica, isso deve ser seguido com todo o vigor.
Desde 1988 ensinava num seminário presbiteriano. Dez anos antes eu tinha sido ordenado ministro presbiteriano após completar o colégio e o seminário durante aqueles dez anos, minha esposa e eu fomos recipientes de três maravilhosos presentes: Rebekar, Colin e Rachel. Naqueles mesmos anos tinham-nos visto comovidos assim que me tornei pastor de duas pequenas igrejas, uma na Flórida e outra em Indiana. Meu maior trabalho mais intenso naquele período, porém obtive o grau do doutorado em lingüística. Além de pós graduado. Meu pastor de infância é quem foi meu reitor do seminário presbiteriano, chamou-me e perguntou se eu tinha algum interesse em ensinar linguagem bíblica e literatura em sua faculdade de teologia. Assim pegamos nossas coisas em agosto de 1988. Eu fiquei convencido de que eu estava a ponto de fazer o que eu sempre quis em toda a minha vida. Eu quis ensinar aos jovens e moças que estavam preparando para várias formas de ministérios na tradição presbiteriana. Se tornar católico era a coisa que estava mais longe da minha mente.
Eu nasci e criado em Tampa, Flórida, o terceiro de quatro filhos. Meus pais nos criaram na Igreja Presbiteriana e estive ativamente envolvido em nosso vibrante grupo de jovens durante a minha adolescência. No meu ultimo ano do colégio eu tive uma genuína experiência de conversão. Daquele tempo em diante eu estava determinado a me tornar ministro presbiteriano apesar de minha tendência intelectual sempre sugeriu um chamado acadêmico como teólogo. Eu assumi aquela minha inclinação próxima e o dom de aprender línguas foi uma confirmação clara daquele chamado desde que soube que teólogos tinham que ser familiarizado com linguagens antigas. Por dois anos eu freqüentei o Convenant Colllege, uma experiência que aprofundou a minha vida espiritual consideravelmente. Eu fui cercado de cristãos devotos que conheciam bem a bíblia.todos os meus professores me encorajaram  no meu movimento a respeito da teologia. Mais importantemente, eu conheci minha esposa de 28 anos no primeiro dia de nossa iniciação de calouros. Não levou muito tempo para eu me apaixonar por Sharon Canfield e sua família.
Após estarmos separados nos últimos dois anos de nossa carreira no colégio. Sharon e eu nos casamos em 21 de dezembro de 1974 na maior igreja presbiteriana da Flórida, com o mais alto coral da Igreja Presbiteriana. Durante os anos decorrentes, Sharon provaria ser tão bonita por dentro quanto ela foi por fora. Como todo casal nós tínhamos nossos momentos, mas sua fidelidade, sua personalidade calma, sua tendência amorosa provou ser a quieta origem da força que eu estava desesperadamente precisando tanto.
Assim que eu olho para trás no agora, ela foi de longe a melhor esposa para mim do que eu fui um marido para ela. Nas maneiras que eu não pude então articular. Eu estava provido com um exemplo de fidelidade que me ensinou quase imperceptivelmente como seguir a Cristo. Durante o tempo de meu ministério pastoral, Sharon me deu livremente de seu tempo e se esforçou em apoiar em seguir com meu trabalho. Muitas pessoas que teriam por outro lado perdido para minha influencia venceram pela sua gentileza e maneira de amar. E ela esteve feliz quando nos mudamos para Mississippi em 1988 porque ela sabia que ensinar em educação colegial era o que eu sempre quis fazer.
Um coração católico e uma cabeça protestante
Durante aqueles anos de ministério pastoral (1978-1988), dois eventos importantes eventos no qual seria prenúncio da minha futura jornada à Igreja Católica. O primeiro foi um sermão que eu preguei na Igreja Presbiteriana da Esperança em Bradenton, Flórida. Um domingo eu estava pregando o Salmo 100 e eu focalizei nas palavras do verso quarto: “Entrai cantando sob seus pórticos, vinde aos seus átrios com  cânticos;  glorificai-O e Bendizei o Seu nome,” Desde que eu almejei pela minha congregação para entender a verdadeira natureza da adoração cristã, eu pedi a eles para fecharem seus olhos e imaginarem-se no céu com Deus. Lá eles encontrariam um grande número de anjos. E lá eles se juntariam com todos os santos, os cristãos das gerações passadas que serviram a Deus fielmente.
Lá eles ouviriam incessante canções que louvavam o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Então eu pedi que imaginassem o telhado de nossa pequena igreja abrindo e esta celestial multidão de anjos e santos descendo em nosso meio. Esta união do céu e da terra, eu disse a eles, era a essência da adoração cristã. Nesse tempo eu não tinha idéia de que isso entendia o que a Igreja Católica ensinava na Missa. Eu achava que a única maneira para nós cristãos de experiênciar esse tipo de adoração era senti-la dentro de nossos corações.
O segundo evento foi uma conversa que tomou lugar por volta de 1986. Um casal de católicos tinha visitado a nossa igreja presbiteriana em Bloomington, Indiana por algum tempo. Eu acho que eles gostaram meu ensino bíblico tão bem quanto à amizade que minha esposa desenvolveu com a mulher. Quando os visitei em seu lar uma noite, eles me disseram que eram católicos e que eles estavam indo à missa toda semana, assim como assistiam nosso serviço de adoração. Quando eu ouvi isso, eu respondi a eles que nós presbiterianos éramos católicos também. Eles ficaram confusos. Eu continuei explicando que no coração de um protestante reformado estava a questão, “quem eram os verdadeiros católicos”? Eu disse a eles que eu não rejeitei o título “católico” ao todo. De fato eu disse a eles que foram os católicos romanos que se separaram da antiga fé católica. Eu dei a eles a versão da historia que aprendi no seminário. O propósito da reforma não foi romper com a igreja, mas trazer de volta seu original propósito de pregar o evangelho. Os primeiros séculos da cristandade eram mais do gosto das igrejas evangélicas modernas do que as igrejas católicas romanas modernas, eu insisti. Se eles queriam ser verdadeiros católicos, eles deviam se tornar presbiterianos. Isso foi o que São Paulo e os outros apóstolos tinham ensinado. Calvinista como um proeminente presbiteriano eu pus que foi a cristandade que veio por si próprio. Eu sinceramente acreditava que estava seguindo os passos de São Paulo na linha dos crentes na primitiva igreja como Santo Agostinho. Eu não desprezei a história da igreja; eu honrava. Somente mais tarde eu viria compreender que o que eu honrava era uma versão protestante daquela história. No meu coração, eu queria ser um verdadeiro católico, mas a minha crença na minha cabeça não me permitia.
Explorando a eucaristia
Por volta de 1990 eu comecei a ensinar um curso no Seminário Teológico Reformado chamado “exegese bíblica avançada” no qual eu era livre para organizar de qualquer forma que eu escolhesse. Desde que os sacramentos tipicamente celebrados em um menor papel nas igrejas presbiterianas, eu queria que meus alunos tivessem uma profunda apreciação pela Ceia do Senhor, nome usado na Eucaristia pelas tradições protestantes. Minhas intenções originais não tinham nada a ver em me tornar católico. Simplesmente queria explorar os fundamentos históricos e bíblicos deste sacramento. Durante esse curso, eu e meus alunos traduzimos relevantes porções das Escrituras do Grego e Hebraico. Nós lemos a história da doutrina cristã sobre este sacramento. Começamos com os Pais da Igreja primitiva como Inácio de Antioquia e Justino Mártir. Lemos os teólogos medievais como Tomás de Aquino e Boaventura. Lemos os luteranos, os calvinistas e os modernos católicos romanos. O ultimo documento histórico que lemos foi a encíclica sobre a Eucaristia do Papa Paulo VI intitulada Mysterium Fidei. O efeito desta pesquisa e ensino foi inesperado.
Eu entrei na profunda história da instituição das passagens nos Evangelhos (Mt 26, Mc 14 e Lc 22). Eu concluí que era impossível rejeitar a idéia do Sacrifício da Eucaristia. Eu sabia que a tradição reformada tinha rejeitado a missa como o verdadeiro sacrifício porque viu que a missa como competição com o único sacrifício de Cristo no Calvário. Além disso, cheguei a ver que Paulo queria dizer sobre o culto cristão ser sacrifical quando ele disse em I Cor. 10, 14-16: “Portanto caríssimos fugi da idolatria. Falo como a pessoas sensatas; julgai vós mesmos o que digo. O cálice de benção, que benzemos, não é a comunhão com o sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão com o corpo de Cristo?”  Este texto era o contexto de Paulo falando sobre comer a refeição sacrificada nos templos pagãos. Sua exortação não é para participar daquelas refeições que foram baseadas na refeição eucarística. É como se Paulo estivesse dizendo que nós cristãos tivéssemos nossa própria refeição sacrifical. Eu perguntei a mim mesmo como minha própria tradição reformada poderia rejeitar a associação do sacrifício com a eucaristia se estava profundamente implícito nos textos bíblicos. O que me impressionava especialmente era como os antigos documentos cristãos disponíveis da eucaristia ensinavam do que a Igreja Católica ensina hoje. Como eu traduzi os capítulos 9 e 14 da Didaquê para meus alunos, eu vi o autor unindo a Eucaristia para orar pela unidade cristã: “Como este pão partido foi partido sobre as montanhas e reuniu em um, então deixe sua igreja ser reunida nos quatro cantos da terra para o seu Reino.” A analogia entre o trigo partido em um e o povo de Deus no Seu eterno Reino para mim que a antiga prática cristã da Eucaristia envolvia o desejo da unidade. Desde meus dias no colégio, eu ficava incomodado pela desunião e discordância entre meus amigos protestantes. Na leitura de João 17, eu sabia que Jesus queria Seu povo sendo um em comunhão com o Pai. Mas os cristãos estavam tão divididos; acreditando em diferentes doutrinas, cultuando de modos diferentes, defendendo diferentes posições morais. Algo tinha que estar errado.
A Didaquê também pegou minha atenção em outra consideração. É comum entre evangélicos hoje permitir que qualquer um que professa ser cristão, receber a comunhão mesmo apesar que aquela pessoa não é um membro que serve a igreja. No 9° capítulo o autor diz: “Deixar somente aqueles que são batizados em nome do Senhor comer ou beber da Sua Eucaristia.” Daí era uma única igreja real nesse tempo, isso significa com efeito que os líderes da Igreja tinham a obrigação de assegurar que os comunicantes eram membros daquela única e verdadeira Igreja. Este tipo de cuidado pastoral, outrora na comum corrente principal das Igrejas protestantes, é agora quase que totalmente ausente. A fenda entre o contemporâneo evangelicalismo e o antigo cristianismo era de impressionar a mim mais e mais.
Neste ponto, em minha jornada de diferentes aspectos da fé cristã estavam começando a vir junto no conjunto coerente. Primeiro, eu comecei a imaginar que meu desejo de se tornar um verdadeiro católico não estava sendo preenchido minha experiência como evangélico americano nem mesmo na minha herança reformada. O que eu tinha expressado naquele casal católico em 1986 voltou a me assombrar. Se meu desejo em seguir a antiga Fé Católica poderia ser encontrada dentro do limite do presbiterianismo, então por que a tradição reformada rejeitou a natureza sacrifical da Eucaristia que estavam implícitos nos textos bíblicos que eu estava estudando? E por que os antigos documentos cristãos tais como a Didaquê e Inácio de Antioquia parece ter visão da Eucaristia que estava mais perto do Catolicismo Romano do que a minha herança reformada? Por exemplo, como poderia Santo Inácio de Antioquia dizer: “A Eucaristia é a carne de Nosso Salvador Jesus Cristo no qual sofreu por nossos pecados e no qual o Pai em Sua bondade o ressuscitou?” Eu estava começando a duvidar que meu entendimento da história do cristianismo antigo estava correto.
A segunda questão elevou a cabeça novamente. Eu comecei a ver que a unidade cristã estava intimamente ligada à Eucaristia. Em I Cor. 10, 16, Paulo perguntou aquelas duas questões retóricas que eu citei anteriormente (“O cálice de benção, que benzemos, não é a comunhão com o sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão com o corpo de Cristo?”). Ele vai ao verso 17 dizer: “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo: porque todos participamos do mesmo pão.” Aqui Paulo parece ensinar que é a Eucaristia que produz unidade entre os crentes. Isto foi relativamente um novo conceito pra mim porém me fez recordar o sermão que eu preguei anos atrás. Se o culto cristão foi a união do céu e da terra, e se a Eucaristia era o verdadeiro centro do culto cristão, contido na Didaquê, então isto significa que não poderia haver unidade sem a Eucaristia. Além disso, a união que estes cristãos primitivos expuseram não era sentimento geral de amar um ao outro, mas um sacramento e uma unidade Organizacional.
Isso parecia confirmar por Sto. Inácio de Antioquia que disse várias vezes em suas cartas que uma Eucaristia poderia ser somente válida se tiver a união com um bispo. Falando para aqueles que abraçaram os ensinamentos heréticos, Inácio incluiu suas visões da Eucaristia. Ele falou do “Julgamento daqueles que não acreditam no Sangue de Cristo”. Seus pecados foram duplicados: A Cisma e a Heresia.
Eles abstém da Eucaristia e do tempo de oração porque eles não confessam que a Eucaristia é a Carne de Nosso Salvador Jesus Cristo no qual sofreu por nossos pecados e no qual o Pai em Sua bondade O Ressuscitou. Aqueles que se opuserem ao Dom de Deus com suas disputas morrerão. (Carta aos Esmirnenses 7, 1).
Estes líderes cristãos primitivos não diminuíam as palavras. Inácio se tinha uma antiga crença na Real Presença de Cristo. Se os antigos documentos cristãos testemunharam crer na presença real, eu raciocinei, como poderia minha tradição presbiteriana realmente representa a antiga crença cristã? Chegando a acreditar na real presença corporal de Cristo me fazer outra pergunta. Onde eu posso encontrar esta Eucaristia? Poderia ser encontrada na Igreja Presbiteriana ou era encontrada em outra igreja?
Onde pode ser encontrada uma Eucaristia Válida?     
Durante o ano quando assistia missa católica quase que diariamente – antes daquele dia da epifania que eu descrevi anteriormente – eu estava procurando por uma resposta para esta questão. Que igreja tem a Eucaristia válida? Todas? Se somente algumas quais? E como eu reconheço a Eucaristia válida daquela que não é? No inicio dos meus estudos eu queria saber que igrejas diferentes ensinavam sobre o sacramento, mas agora eu queria saber qual dessas igrejas tem essa presença real não importa qual seja se acreditavam ou não. Crendo que tinham a presença real, não significava que realmente criam. Eu raciocinei, completamente natural, que aquelas igrejas no qual não tinham o que ensinar da presença real do corpo de Cristo provavelmente por não ter. 
Como sabemos qual que seja a igreja que tenha dado a Eucaristia valida ou não? Essa foi a pergunta que agora bate dentro da minha cabeça. Dos meus estudos eu sabia que somente três de quatro igrejas acreditavam na presença real do corpo de Cristo: Os Luteranos, os Anglicanos, os Ortodoxos e os Católicos. Desses quatro a que mais tinha a objeção na minha comunidade Presbiteriana eram os católicos. Eu não podia me tornar um luterano porque excluiria a minha agora crença reformada. Assim as tradições católicas e ortodoxas estavam fora de questão, somente uma opção permaneceu. Durante o ano em que assistia a missa católica, eu também assistia a Eucaristia da Igreja Anglicana Tradicional toda sexta-feira. Eu fui fortemente tentado a me tornar um anglicano, especialmente quando o pastor dessa igreja sugeriu que eu me tornasse um pastor anglicano sem muita dificuldade. Nos dias de festas especiais como a Semana Santa, eu levei minha família para a Catedral Episcopal no centro de Jackson, Mississippi onde eu achei a liturgia que me atraia muito mais. Tão forte foi este empurrão que um dia tive uma conversa com o presidente do meu seminário que tinha pego o vento das minhas peregrinações e me pediu para conversar. Assim ele pôde ver minha inclinação em direção à liturgia da “igreja do alto”. Eu perguntei a ela francamente se haveria algum problema em me tornar um ministro episcopaliano ele graciosamente sugeriu o anglicanismo evangélico não seria problema. Aqui estava a resposta para o meu dilema eu podia continuar o ensino que eu amava e ser um ministro numa igreja com uma liturgia linda.
Porém velhas perguntas ainda me atormentavam. Enquanto eu sentia o encanto da linda liturgia, eu sabia que a questão da eucaristia válida era questão principal. Assim eu comecei a ver em muitos outros cumprimentos, eu vi que os cristãos primitivos brigavam com esta simples questão. Inácio de Antioquia testemunha novamente para este problema:
“Preocupai-vos em participar de uma só Eucaristia. De fato há uma única carne de nosso Senhor Jesus Cristo e haver um cálice para a unidade em Seu Sangue. Há um altar assim como há um bispo junto ao presbitério e os diáconos meus companheiros de serviço. O propósito de tudo isso é que suas práticas serão de acordo com a intenção de Deus.” (Carta aos Filadelfos 4:1)
As palavras de Inácio admite que algum de seus dias tentava celebrar a Eucaristia separada da Igreja unida no qual estava simbolizada o fez num concreto bispo.ele salienta que aquelas celebrações no qual agrada a Deus são aqueles no qual são submetidas a legitima autoridade. Esta autoridade está enraizada na realidade sobrenatural da presença corporal de Cristo. Desde que haja um real corpo e sangue de Cristo. Devemos saber que a Eucaristia que celebramos contém de fato o verdadeiro Corpo e Sangue. E p único jeito de perceber isso é se a celebração está de acordo com a vontade de Deus. E o único jeito de saber posteriormente é se a celebração está união com o bispo. Este entendido é o único jeito de fazer sentido de sua urgência (“Ser diligente”). Sem esta verdadeira Eucaristia, não há jeito de ter “unidade no Seu Sangue”.
Agora as questões estavam começando a convergir em minha mente. A questão da Eucaristia válida dependia de um sacerdócio válido sob a correta autoridade do bispo no qual se prolongou desde os apóstolos. Para ter uma Eucaristia Válida teria que haver uma conexão histórica com os apóstolos. Em outras palavras, quais das igrejas em nossos dias acreditavam e possuíam a sucessão apostólica? Isso excluiu a tradição Luterana porque eles não acreditam que a Eucaristia válida depende da sucessão apostólica. Quanto à tradição Anglicana e Episcopaliana? Enquanto alguns na tradição Anglicana acreditavam na sucessão apostólica outros, não. Além disso, mesmo que fosse uma doutrina declarada na sua crença oficial, isso não fez sentido que o sacerdócio Anglicano foi um fato válido. Na minha mente, esta avaliação me deixou duas escolhas: Católico ou Ortodoxo.
Ajuda ao longo do caminho  
Neste ponto a minha jornada para a Igreja Católica foi auxiliada por muitos fiéis católicos. Um dia, desfeita a tristeza, um comerciante da Califórnia me chamou. Scott Butler era dez anos mais novo que, apesar de ter crescido católico e passou sua juventude até a idade adulta nas igrejas evangélicas. Depois de retornar à Igreja, ele fez sua missão pessoal tanto em ajudar os muitos ministros protestantes como ele ajuda-los a encontrar os caminhos para a Igreja Católica. Após vários meses me enviando fitas e livros de autores católicos, Scott me surpreendeu ainda mais quando um dia se ofereceu pagou meu ingresso para uma conferência católica na Universidade Franciscana de Steubenville, Ohio.
Tudo o que o que soube desta universidade era que um bem-conhecido convertido chamado Scott Hahn ensinava lá. Até esse tempo, eu li alguns livros e artigos do Dr. Hahn, assim como ouvi suas fitas. Quando eu ouvi que ele estava palestrando na conferência, eu fiquei intrigado e concordei em assistir. A conferência foi espetacular. Eu fiquei oprimido pela pronunciação e os palestrantes inspirados que esquematizaram a fé católica em claros detalhes. Apesar de não poder recordar muito dos ditos específicos naquele fim de semana, eu lembro de ter ficado comovido pela personalidade e santidade de homens como Karl Keating, Dr. Alan Schreck, Thomas Howard e Peter Kreeft.
Em uma das questões e períodos de respostas, Pe. Ray Ryland disse algo que ficou comigo. Por mais de vinte anos eu estive preocupado em relação à unidade cristã. Eu muitas vezes lamentei das divisões entre os cristãos, mas eu vi uma pequena esperança para superar aquela constante divisão. No meu modo presbiteriano de pensar, tudo que eu pude esperar era um grande amor através do limite denominacional. As diferenças de crenças entre cristãos protestantes era muito para esperar qualquer unidade num senso organizacional. Alguém perguntou ao Padre Ryland se era necessário abandonar a distinção da ordem católica para alcançar a grande unidade cristã. Eu esperei completamente Pe. Ryland dizer “sim” porque na minha maneira de pensar  simplesmente não havia outro jeito. Eu fiquei surpreso quando Padre Ryland salientou que não era apenas necessário, mas atualmente prejudicial abandonar a doutrina católica na ordem para ganhar outros cristãos. Ele continuou a dizer que a unidade pode somente ser alcançada quando cristãos de todas as faixas se submeterem para a verdade ensinada por Cristo. Fora de Cristo não podia haver nenhuma unidade cristã verdadeira. E assim católicos acreditavam que a fé católica representava a totalidade do cristianismo. Seria prejudicial para outros cristãos negligenciar qualquer coisa que Cristo tenha ensinado.   
Apesar de ficar chocado de primeira, eu me encontrei feliz que foi tão honesto e franco. Mais tarde eu refleti num verso de São Paulo que eu lembrei de ler nos meus dias de colégio: 1 Cor 1, 10, “Rogo-vos,  irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento.” A solução de Paulo para as divisões na igreja de Corinto não era abandonar as diferenças entre os cristãos, mas salientar a necessidade de buscar a unidade na fé ou na doutrina. Eu ouvi Pe. Ryland confirmar algo que eu já tinha suspeitado. A fé católica não era relativa ao compromisso com a verdade – apesar de eu ter ouvido outros padres católicos mergulhar na fé – mas era relacionado a abraçar totalmente o ensinamento de Jesus. Esta profundidade de convicção agradou a mim. Isso fortaleceu minha decisão de encontrar a igreja que cristo fundou a igreja que ensinou a totalidade da fé.
Minha viagem de verão a Steubenville trouxe outras duas surpresas inesperadas. Outro dia no almoço da cafeteria da universidade, eu sentei e comecei a conversar como um homem sobre certos pontos teológicos que eu tinha ouvido naquela manhã. Quando mencionei algo que Padre Bernard Lonergan tinha escrito, ele não tinha idéia de quem eu estava falando. Eu simplesmente admiti que qualquer católico deve ter ouvido falar desse grande teólogo dominicano. Do meu lado sentou uma senhora que conhece o trabalho de Lonergan e começou a articular pontos da doutrina católica numa maneira simpática. Marie Jutras era a pessoa que eu precisava conhecer naquela fase da minha vida. Ela não era somente conhecedora de teologia, mas ela era uma apaixonada e aceitando o ser humano. Ela afirmou o trabalho do Espírito Santo em minha vida; de fato, ela podia ver melhor do que eu. De alguma forma isto me impressionou como uma verdadeira maneira católica de evangelizar, afirmando que foi bom e pacientemente responder as perguntas. Durante os próximos anos, Marie Jutras se tornaria a católica mais importante na minha jornada à igreja. Ela fielmente ligava para nossa casa basicamente todo mês oferecendo assistência que podia. Eu não tenho dúvidas de suas orações, seus presentes materiais e sua bondade pessoal eram na verdade o que eu estava aprendendo comigo mesmo, para permanecer nos recessos de meu coração. Não importa o quanto possamos estar convictos da verdade em nossa mente, devemos enxergar isso vivido nas pessoas ao nosso redor.
A outra pessoa que eu conheci naquele verão foi Marcus Grodi, outro ministro presbiteriano que estava perto de entrar na Igreja. Durante os próximos anos, Marcus alcançou de mim oferecimento de apoio e amizade. Sua experiência como ministro presbiteriano mais de uma vez trouxe-me a atenção que eu precisava porque ele podia entender o esforço num caminho difícil a não ser que um tivesse a posição similar. Marcus conhecia os vacilos para frente e para trás, as dúvidas de suas próprias integridades, e os medos de um futuro desconhecido no qual encaram ministros que contemplam se tornarem católicos.
Estas fidelidades católicas eram como “sacramentos” pra mim. A personificação do amor de Deus nos ajudando pelo caminho. Calmamente, eu sabia que a bondade pessoal das pessoas, não importa quão amável e sedutor, não podia ser o princípio de minha decisão. Eu precisava saber a verdade. Nada menos seria suficiente.
Do Sucesso ao Sofrimento
O inverno de 1993 viu outra dimensão para minha jornada que eu nunca tinha sonhado. Eu encontrei um padre que sabiamente ofereceu dar-me uma direção espiritual e introduziu-me para exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Apesar de agora minha sede espiritual era tão intensa que devorei livros de espiritualidade católica. Eu nunca encontrei profundidade da introspecção espiritual na minha própria tradição que encontrei nestes livros. Pelo verão de 1993 eu estava pronto para um retiro inaciano. Sendo um homem de família com múltiplas responsabilidades. Eu simplesmente não podia passar 30 dias por um retiro como um padre jesuíta. Entretanto, meu coração ardia pelo tempo de encontrar Jesus da maneira que Inácio descreveu. Eu tinha que encontrar um jeito.
Na providencia de Deus, eu cheguei a devorar o livro de André Ravier intitulada Do-It-At-Home Spiritual Exercises(Faça-o em casa exercícios espirituais). Essa foi a solução do meu dilema. Durante o curso de trinta dias no verão de 1993, eu e minha esposa fomos andando para o retiro inaciano, meditando na vida de nosso Senhor Jesus. Como Inácio ensinou, nós suplicamos a Deus pela graça de conhecer o coração de Jesus e força para segui-Lo. Na terceira semana do retiro meditamos a Paixão de nosso Senhor, no seu sofrimento e sua dor.
Eu fiquei especialmente comovido quando chegou a meditação da agonia de Jesus no Getsêmani (Mc 14, 32-42). Por alguma razão, eu sempre fui atraído por esse evento particular na vida de Jesus desde minha conversão como adolescente de 20 anos. Foi somente no retiro inaciano que entendi porque. Eu comecei a ver que Jesus que eu entrasse no seu sofrimento e compartilhasse sua paixão. Eu acreditava que a agonia de Jesus era o seu sofrimento por mim; agora cheguei a compreender que Sua agonia era também intenção de Seu sofrimento por mim. Meu coração agora começou a sentir Seu esforço, Sua fragilidade humana, e Sua determinação de fazer a vontade seu Pai (Mc 14, 36). Enquanto meditava na agonia de Jesus, escrevi algo como isso no meu jornalzinho de oração:
“Senhor, eu sou um pequenino de 40 anos de idade e nunca conheci qualquer sofrimento. E que sofrimento eu suportei, eu acreditava que só Vós me livraria disso. Agora eu entendo que compartilhar o teu sofrimento é um privilégio. Eu quero estar contigo na tua agonia se isso trouxer-me para perto de ti. Senhor deixe-me compartilhar do Teu sofrimento.”
Essa oração foi inimaginável conforto e enormemente perigosa. Demoraria dois anos para entender totalmente o que significava. Após o próximo ano acadêmico (1993-1994), eu e minha família deixamos Jackson, Mississippi. O motivo foi quieto, porém doloroso. Minha simpatia católica se tornou tão óbvia que o seminário não me toleraria mais como professor. Ninguém foi indelicado, mas sabíamos que era o início de ser um embaraço para o seminário. Eles simplesmente não poderiam ter alguém ensinando lá acreditando no que eu acreditava. Eu entendi sua situação impossível. No meu lado, eu antes contribuia para o juramento de fidelidade que os professores exigiam assinar a cada ano. Na minha consciência eu não podia contribuir com a Crença dos Reformados. Era hora de ir.
Problemas na Família
Não poderia ser a hora mais inconveniente, nossos filhos agora estavam com quinze, treze e onze anos. Para tirá-los e mudar para outro lugar foi tão preocupante quanto qualquer coisa que tivéssemos de fazer. Até ali não tivemos escolha. Assim tentamos restabelecer nosso lar em Bloomington, Indiana, no verão de 1994, as duas únicas escolhas verdadeiras para mim era ou católico ou ortodoxo. Mas isso era mais fácil falar do que fazer. Um dos mais difíceis obstáculos nesta jornada era a rejeição da minha esposa mudar tanto para o catolicismo quanto para a ortodoxia. Ás vezes isso põe uma grande distancia entre nós, era uma distancia tão dolorosa tanto para mim quanto para ela. Apesar de acreditarmos que nossa união matrimonial era de maior importância. Não importa qual a forma de cristianismo estávamos tentando abraçar, sabíamos que Deus quer que sejamos um casal fiel. Fiel um ao outro e principalmente a Ele. Continuamos a orar juntos como casal e como família, porém as tensões na teologia assim como os anos turbulentos de revolta que os adolescentes trouxeram para o nosso lar. Parte dessa confusão era a dúvida que nossos filhos sentiram em relação a nossa identidade religiosa. Nesse ponto tudo o que eu podia dizer era  que somos cristãos. Eu podia dizer que eles queriam algo mais específico e definitivo, mas eu não podia dar a eles ainda. Isso trouxe tristeza para mim e minha esposa, nunca tivemos conhecido antes. A minha conversa e de minha esposa levou minha esposa a ver a Presença Real de Cristo na Eucaristia, mas ela ainda tinha muitas dúvidas. Nós queríamos uma igreja que fosse mais sacramental do que a Presbiteriana, mas ela não se sentia confortável sendo católica.
Nosso compromisso era seguir a igreja Luterana(sínodo de Missouri) na cidade. Aqui encontramos uma comunidade acolhedora de cristãos fiéis com o pastor com qual eu considero como o cristão mais gentil que eu conheci. Mas a maioria das pessoas da igreja luterana não sabia da minha íntima jornada espiritual. Desde que seguimos os serviços da igreja fielmente, nos tornamos amigos de muitas pessoas ali. Um pouco de quem sabia que eu era um ministro da igreja presbiteriana sugeriram que eu me tornasse um pastor luterano. A maioria me consideraram apenas como um acadêmico. Pela paz de minha família, minha esposa ocasionalmente me pediu que eu pudesse ser feliz com o maior sacramentalismo da igreja luterana. E se a paz de minha família era minha maior meta, teria sido uma boa escolha.
Eu sabia que não poda me tornar um luterano de boa consciência, não importa o quanto eu apreciasse as boas pessoas daquela congregação, por eu sinceramente acreditar na sucessão apostólica. A próxima igreja que eu faria parte ensinava e tinha a sucessão dos padres desde os apóstolos. Havia duas escolhas: católico ou ortodoxo. Durante o ano acadêmico 1994-1995, eu consolidei o meu entendimento da natureza apostólica da Igreja por estudar a emissão do papado.
A missa diária continuava a ser parte de minha vida. Eu cresci no conhecimento e no amor da missa diária passando pelas três paróquias de Bloomington. De muitas maneiras eu era uma parte integral da comunidade católica, mas isso somente fortaleceu a dor que senti porque eu não podia me juntar na maior expressão da vida católica na terra – A Santa Comunhão.  Este período foi marcado principalmente pelo sofrimento em nossa família. Minha filha mais velha ficou completamente doente e era difícil cuidar dela, assim tentamos manter algum semblante de uma vida familiar normal, dinheiro estava começando a acabar. Eu estava fazendo uma pesquisa histórica para escrever uma dissertação para o segundo grau de doutorado. Esse tratado se tornaria mais tarde num livro de ciência e religião.
O último obstáculo? O papado
Eu fui para trás a quatro passagens chaves no Novo Testamento que furam na introdução do papado. Por muito tempo, eu pensei que somente em de Mateus 16,13-20 poderia ter achado toda a referência remota ao papado, mas por outro lado eu comecei a examinar também outras passagens. As outras passagens eram o 18, 15-20 de Mateus; 21, 15-19 de João, e Lucas 22, 31-34. Eu posso somente indicar algumas características destes textos que me conduziram considerar a legalidade do papado. Sobretudo, eu fui golpeado pela posição singular de Pedro entre os apóstolos. A Igreja Católica acredita que Pedro era o escolhido de todos os apóstolos para conduzi-los nas responsabilidades pastorais da igreja. Os papas continuaram este ministério pastoral universal através dos anos. Este ministério Petrino é uma das características de distinção da igreja católica porque as igrejas ortodoxas não reconhecem uma primazia da jurisdição para o Bispo de Roma. Eu soube que puxando estes textos eu estava vindo perto de decidir entre ser ortodoxo ou católico. 
O texto clássico de Mateus 16, 13-20 parecem sugerir que Jesus esteja fazendo de Pedro a rocha ou a fundação sobre a qual igreja é construída. Pedro identifica Jesus como “o messias, filho do deus vivo.” (Verso 16). Por sua vez, Jesus identifica Pedro como a rocha em que a igreja é construída. Naturalmente, eu estava ciente de todas as interpretações protestantes que sugeriram que Peter não seja a rocha. Agora, eu estava pronto para avaliá-los com uma mente aberta. Eu poderia facilmente rejeitar o argumento, o mais fraco de encontro a um ministério distintivo de Pedro baseado na diferença entre Petros (nome de Pedro) e petra (rocha). A objeção é que Jesus está extraindo uma distinção entre Pedro e a rocha em que a igreja é construída usando duas palavras diferentes. Mas a maioria dos eruditos, mesmo eruditos evangélicos, vêem este como uma interpretação errônea. A razão verdadeira que Jesus usa a forma masculina de Petros é que você não pode chamar um homem por um título feminino no grego clássico. Assim, porque Jesus quis chamar Pedro de rocha, fêz a palavra normal feminino petra da palavra masculina (Petros) para criar um jogo de palavras. O verso 18 pôde ser traduzido desta maneira para trazer para fora o jogo de palavra, “você é rocha, e nesta rocha eu construirei minha igreja.” 
Eu também percebi que o resto da passagem não faria sentido se Pedro não está sendo identificado como a rocha. Em Mateus 16, 19 nós vemos Jesus dar a Pedro as chaves do reino dos céus, “eu dar-lhe-ei (soi) as chaves do reino dos céus e tudo o que você ligar na terra será ligado no céu e o que desligares na terra será Desligado no céu.” Se Jesus não quis dizer que Pedro devia ser a rocha, então por que daria a ele as chaves do reino? O pronome grego soi é singular que refere somente a Pedro. O poder das chaves é dado a Pedro sozinho nesta passagem. A frase “que liga e que desliga” implica a jurisdição, não apenas uma primazia de exemplo ou honra. Não é de maravilhar-se que Pedro está identificado como a rocha da igreja se a intenção de Jesus era exercer o poder das chaves, isto é, jurisdição universal sobre a igreja inteira. 
De fato, eu estava também ciente do argumento protestante desde a história. Por exemplo, em um ponto de suas escritas, S. Agostinho interpretou “a rocha” como a confissão da fé que Pedro tinha dado. Disto, os intérpretes protestantes disseram que a confissão de fé é a rocha, e tão qualquer um que seguir o exemplo de Pedro professando Cristo como o filho de Deus igualmente se tornarão rocha. Neste momento, eu pensei duramente sobre tendências entre católicos e protestantes na leitura da escritura. A tendência protestante, evidente em minha herança reformada, era ler o texto como também/ou. Ou Peter deve ser a rocha ou as confissões devem ser. Eu perguntei-me porque nós devemos ler o texto esta maneira. Por que não pode ser ambos/e? Não pode ser verdadeiro que a essência da profissão de Pedro a Cristo é a fundação doutrinal da igreja quando o próprio Pedro é a fundação governamental? Ou melhor, por que nós não podemos ver Cristo como a pedra angular da igreja, como Paulo diz em Efésios 2, 20, e que esta fundação tem manifestações doutrinais e governamentais? 
Esta discussão poderia continuar interminável, mas eu concluí que Jesus pretendia estabelecer uma igreja com Pedro como sua cabeça. Eu percebi tempos atrás que eu não estava lendo as Escrituras reducionisticamente. Ao invés, eu procuraria o significado total, não o mínimo possível.
O grego original de Lucas 22, 31-34 também estavam compelindo. Jesus diz no verso 31, “Simão, Simão, Satanás pediu para peneirar vocês como o trigo.” A palavra vocês é plural em grego indicando que os desejos de Satanás peneirar são de mais de uma pessoa; são todos os apóstolos que estão com Jesus na última ceia. Jesus continuou, “mas eu mesmo orei por você para que sua fé não falhe.” Aqui você é singular que indica somente Pedro. A pergunta natural é: se Satanás quis destruir todos os apóstolos, por que Jesus orou somente por Pedro? Não diz respeito aos outros apóstolos? Sua indicação seguinte explica-o, “e você, quando você se converter, fortalece seus irmãos.” Ou seja Jesus pretende reforçar todos os apóstolos com o ministério de Pedro. Terá uma única posição original entre os apóstolos cuja a finalidade será conduzir e guiar o colégio apostólico no ministério. Isto soou exatamente como a linguagem que os papas usaram no discurso do ministério Petrino. 
A unicidade de Pedro entre os apóstolos, como indicados em Mateus 16 e em Lucas 22, pareceu fazer demasiado o sentido da passagem em João 21, 15-19. Esta é a passagem conhecida onde Jesus pergunta a Pedro três vezes se o ama. A maioria dos expositores concordam que as três perguntas correspondem às três negações de Pedro a Cristo durante sua paixão. Para nossas finalidades agora, nós precisamos somente notar Jesus na ênfase no papel pastoral ao qual Jesus tem por Pedro quando o manda três vezes, “apascenta minhas ovelhas.” (versos 15-17). Pedro precisa compreender a conexão entre o amor de Jesus e de seu papel como pastor. A pergunta pertinente é por que Jesus escolhe Pedro. É simplesmente porque é a única pessoa que negou Jesus? Ou era Jesus que pretendia mostrar a Pedro que ele deve tomar seu lugar como o pastor humano principal da igreja terrestre sob a autoridade do pastor principal divino Cristo? (Cf. 1 Pedro 5, 4). 
Eu concluí que havia muita evidência no novo testamento para o ministério de Pedro. Embora havia ainda muitas perguntas e nuances a segurar, eu cheguei a acreditar que nosso Senhor Jesus pretendia ser o único  pastor que teria a jurisdição sobre a igreja inteira. Esta posição era em desacordo com protestantismo histórico e ortodoxia oriental. Este reconhecimento também ajudou-me a perceber como a unidade poderia ser realizada. Eu tinha desacreditado há muito tempo da fragmentação da cristandade protestante, mas agora eu também vi porque a ortodoxia não conseguiu o tipo de unidade evidente na igreja católica. Para mim, havia somente de sentido único ter a totalidade da fé cristã em um corpo que mediu o globo. Exigia o reconhecimento do centro da igreja sob um pastor, o Bispo de Roma. 
Assim eu superava os últimos obstáculos para me tornar católico em minha mente, eu estava esforçando-me em minha vida emocional, em muitas partes dianteiras. A vida emocional de nossa família inteira estava todo o tempo para baixo. Domingo de Páscoa daquele ano, 1995, era qualquer coisa menos alegre. Aqui foi o dia do ano cristão inteiro que devia trazer a alegria em nossos corações, mas tudo que nós poderíamos necessitar era ir à igreja como o peso inoperante. Grato, por Pentecostes de 1995, nós estávamos começando a ver nosso caminho fora do labirinto que nos sentíamos presos por dentro. Nossa filha estava se recuperando e nossa família encontrava uma estabilidade mais certa. Então, em apenas um dia, nossas vidas tomaram um outro rumo para a escuridão.
Uma volta pela a escuridão
3 de Junho, 1995 era um sábado brilhante e alegre. Naquela tarde, eu fazia meu caminho para meu escritório na Universidade de Indiana para limpar algumas papeladas deixadas desde o semestre anterior. Assim eu passei por um homem jovem que estava sentado no meio-fio, como eu lembro bem, notei que estava vestido em um revestimento pesado do inverno, uma coisa impar dada que era um dia tão morno. Assim eu passei por ele uns quinze passos de distância, eu descobri o motivo. De repente, ouvi um dos sons mais altos que ouvi em minha vida. Eu me virei para ver o que foi aquele enorme estouro. Estava lá aquele homem jovem apontar uma nove milímetros semi-automático em minha cara. Disparou outra vez. Desta vez a bala atravessou minha garganta. Eu não tive o tempo para pensar. Eu corri para o lado do prédio onde ele não poderia me ver. Pouco eu sabia do tempo que ele vinha atrás de mim, disparando mais três vezes em um esforço ajustado para matar-me. Cinco tiros, somente um acertou-me. Mas certamente causou seu dano. 
A bala viajou através de minha garganta faltando passar pela minha artéria carotídea por somente dois milímetros. Como o doutor me disse mais tarde, se essa bala tivesse passado através dessa artéria principal, eu estaria morto em minutos. Assim foi, a bala separou minhas cordas vocais que destroem a cartilagem que prende as aletas vocais a minha garganta interna. Mais tarde na tarde daquele dia de junho, eu deitei na sala de emergência do hospital de Bloomington com minha família que permanecia por perto no desânimo. Tudo tinham sido arredondados e levaram lá o nosso fiel pastor luterano. Naquele momento, com minha voz ido embora, tudo que eu poderia fazer era escrever as palavras “eu te amo” em uma tabuleta!
Não passou quatro dias quando eu acordei da sedação que eu comecei a perceber a enormidade do que tinha acontecido. Minha esposa disse-me que eu acordei muitas vezes durante aqueles quatro dias, e disse várias coisas, as vezes coerente, as vezes incoerente. Mas eu não lembrei de nenhum deles. Eu lembro de acordar e ver meus pais ao meu lado. “Mãe, pai, o que estão fazendo aqui?” Eu perguntei. nas semanas seguintes eu descobriria o quanto meus pais se importaram enquanto permaneceram fielmente comigo depois de terem voado da Florida.
Nada mais impressionou minha alma durante aqueles dias do que o amor perseverante e macio da mulher com quem eu casei vinte e um anos atrás. Sharon não saiu do meu lado de forma alguma quando eu estava sob sedativos. Comeu, dormiu, e sentou-se por mim com seu coração amarrado ao meu. Seu amor imprimiu-se em meu coração em uma maneira nova quando eu vi na mesa de noite ao meu lado toda minha parafernália católica que tinha trazido de casa: meu missal, meu rosário, meus cartões de oração. Embora não pôde usar essas ajudas espirituais para sua própria jornada de fé, ela sabia o quanto significavam pra mim. A mim esses volumes falados e foi então que eu soube além da dúvida que todos nossos esforços sobre as verdades da fé cristã nunca nos separariam. 
Nossos filhos reagiram diferentemente. Rebekah tinha dezessete e expressou a confiança na providência de Deus me salvar por um propósito. Colin tinha quinze. Embora era mais quieto sobre os eventos, eu vi sinais definitivos do amor para mim que eu estimei porque seus anos adolescentes tinham colocado às vezes uma distância entre mim e ele. Mas nos dias que se seguiam sua bondade mais profunda revelou-se . Um irmão mais novo de Sharon, Steve Canfield, foi um oficial de polícia na Florida. Ele voou para ajudar no que fosse possível a nossa família. Desde que a polícia local era incapaz de encontrar muitos indícios a respeito da identidade do atirador, Steve e Colin saíram um dia ao local do tiro para ver se poderia encontrar quaisquer indícios. Junto descobriram algumas cápsulas da bala que era com estes que a polícia podia identificar o tipo de arma usada. Mais tarde, em casa, Colin agiu em uma maneira viril ajudando o pai assustado e enfermo para entrar em casa. 
Rachel tinha treze naquele tempo e não sabia no que pensar. Mas eu recordo ter uma conversa bonita um dia no lar dos meus sogros, John e June Canfield. Os pais de Sharon incitaram-nos permanecer no mínimo  uma semana de repouso, porque o jornal local tinha imprimido nosso endereço em uma matéria um dia após o tiro. Temendo que o assaltante pudesse tentar retornar e terminar o que começou, forneceu-nos a proteção e o conforto. Uma noite, Rachel sentou-se no assoalho ao lado de minha cadeira. Quis saber como eu poderia confiar em tanto em Deus no meio deste sofrimento. E perguntou por que não pode amar a Deus como achou que eu estava fazendo. Eu disse-lhe que eu tenho andado com Deus por muitos anos e ela tinha somente treze anos. Se ela continuasse a buscar a Deus, eu disse-lhe que cresceria na santidade.
Uma resposta à oração?
Naturalmente, eu tentei fazer o sentido deste evento enquanto eu deito na cama do hospital. Em minha viagem espiritual dentro da espiritualidade católica, eu tinha vindo compreender a noção do sofrimento redentor. Embora eu nunca evitei o sofrimento como um cristão antes, as idéias de algum modo católicas sobre esta verdade espiritual pareceram mais ricas e mais profundas. Então por que Deus permitiu isto em minha vida? Eu comecei a recordar muitas verdades que eu tinha encontrado na minha procura espiritual. Eu lembrei como eu tinha orado em 1993 que eu estaria disposto compartilhar em sofrimentos de Cristo se ajudassem uma outra alma a vir mais perto de Deus. As palavras de Paulo em 2 Corintios 4,10 retornou para mim, “Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.” A repetição do apóstolo das palavras “em nosso corpo” sugeriu-me que meu sofrimento físico fosse meios de revelar o poder de sua vida de ressurreição a outros. Este pensamento trouxe uma inundação da alegria em minha alma. Eu senti certeza que este evento, não importa quão trágico pode parecer, era de fato uma resposta a minha oração dois anos antes.
Eu também pensei divinamente estranho que a bala acertou minhas cordas vocais. Minha profissão quase inteira dependia de minha voz. Professor, pregador, guia turístico. Todos significavam ter uma voz forte. E mais adiante, eu tinha sido abençoado com uma voz de tenor que poderia cantar alto e poderosamente. Meus esposa e membros da família podem dizê-lo como eu muitas vezes afligi eles com minha voz vigorosa porque eu cantaria árias das óperas italianas, canções artísticas dos compositores famosos, e sobretudo amados hinos cristãos. Nenhum lugar, público ou confidencial, era isento porque eu cerquei para fora o Fs e o Gs na parte superior de meus pulmões. Mas nenhum lugar era mais sagrado ao meu canto do que o amado chuveiro. Muitas vezes minha esposa pediria que eu na consternação, por favor, por favor, para não cantar no chuveiro quando nossas crianças estivessem dormindo. E o acompanhamento inevitável do talento musical juntou com o pecado original, era orgulho. O Senhor não odiou minha voz, mas ele estava amando bastante para conseguir uma coisa que poderia me manter fora do Reino do Céu – minha arrogância. Hoje, minha voz foi parcialmente restaurada. Eu posso e falo das coisas do Céu – e às vezes menos do que uma maneira celestial – mas eu não posso cantar no elevado e dominante tom que eu outrora o fiz. Mas está tudo bem porque agora eu tenho um lembrete constante que eu estou na necessidade dessa virtude que parece sempre me iludir, humildade. 
O tiro também trouxe à luz um terceiro aspecto de minha jornada, a unidade cristã. Eu estive tão preocupado e atemorizado pela falta da unidade entre cristãos. Eu cheguei a acreditar que pode ser o único grande escândalo na cristandade hoje, uma visão que parece ser compartilhada por um dos grandes papas do tempos modernos, João Paulo II. Quando os amigos cristãos tiveram conhecimento desta tragédia, eles alcançaram com uma piedade inacreditável. Nosso pastor luterano veio consolar pelo menos minha esposa e família uma vez por dia. Somente mais tarde eu tomei conhecimento que ele e sua esposa também conheciam muito o sofrimento. Muitos anos antes, sua terceira filha nasceu com Síndrome de Down. Sua própria piedade cresceu fora de seu sofrimento. Diversos pastores evangélicos vieram visitar, incluindo a aquele que dirigiu agora a igreja presbiteriana local que eu comecei dez anos atrás. Muitos amigos católicos vieram também. Todos os padres locais que eu conhecia inclusive um casal monges do monastério do St. Meinrad no extremo sul de Indiana. O padre da paróquia onde eu atendi na maior parte a massas do diário e da vigília de sábado veio administrar-me o sacramento da unção dos enfermos. Os antigos estudantes do seminário estavam lá em espírito e na comunicação através de cartas. Marie Jutras, minha companheira canadense de jornada, deixou todo seu grupo espiritual no norte que conhece. Através dos amigos dos amigos, eu tive pessoas em quase todo o continente que rezavam por mim. Que acontece quando pessoas oram sinceramente por outras? São juntados em uma união mística um com o outro com a mediação original de Cristo. E assim eu soube então que em alguma medida pequena meus sofrimentos significaram que os cristãos tinham sido extraídos a um outro mais próximo com da união na oração para mim. Isso fez-me muito feliz. 
O tiro ocorreu apenas algumas semanas antes que o Congresso Anual na Universidade Franciscana de Steubenville esteve a ocorrer, a mesma conferência que eu tinha atendido um casal anos atrás. Marcus Grodi ligou para dizer que os padres na universidade, dirigida por padre Michael Scanlon, tinha decidido oferecer o sacrifício da noite na Missa na conferência para mim e minhas intenções. Eu mandei uma carta de agradecimentos a todos lá, e o Dr. Scott Hahn era amável bastante incluir a parte dessa carta em seu discurso na conferência naquele fim de semana. 
Após aproximadamente um mês deste evento, meu irmão convidou amavelmente nossa família inteira para descer para a Florida a recuperar-me. Ele é um marido e um pai cristão devoto. Lembrou-me mais de uma vez de minha necessidade de perdoar o homem que atirou em mim e de orar por ele. O conselho do meu irmão comoveu o lar. Sem perdoar aqueles que pecam contra nós, nós não podemos esperar receber a piedade porque é somente quem é piedoso obterá a piedade, (Cf. Mt. 5,7). Durante meu alívio do dia-a-dia, Dr. Hahn ligou outra vez para oferecer seu apoio e incentivo. Antes que nós retornássemos a Bloomington, eu estava pronto para me tornar um católico na mente e no coração.
Que você está esperando?
Após o evento traumático do tiro, eu fui inclinado a pensar que vida deveria me dar algum conforto. As benevolências espirituais iniciais que eu recebi o despertar do evento pareceram desvanecer-se. Eu notei dentro de mim mesmo uma tendência decidida de querer prolongar a atenção intensa que eu recebia de outras pessoas. Eu tive tentações definitivas para a auto-piedade. Mas uma vez que nós nos estabelecemos de novo no dia-a-dia em Bloomington, as coisas continuaram de uma forma que tiveram antes, nossa crise de família. De fato, de várias maneiras a vida estava tornando-se mais difícil. Meu ensino era mais laborioso; minha pesquisa acadêmica era cansativa. Nossos filhos estavam começando a mostrar efeitos negativos deste trauma. Eu estava muito mais assustado sobre o dia-a-dia do que a que eu já tive. E enquanto eu sabia que queria ser um católico, eu parecia estar furado em uma rotina, não capaz de mover-se adiante. 
Uma noite na mesa de jantar, nosso filho de dezesseis anos de idade anunciou que queria ir praticar skydiving. Minha esposa não achou aquilo engraçado. Por que você quereria saltar de um avião perfeitamente bom? Mas algo me tocou em uma resposta. Eu era temível sobre a vida. Eu sabia que tinha fazer algo a respeito. Eu estava permanecendo uma vítima toda minha vida ou eu estava superando as probabilidades e trazer de volta minha vida na trilha? Após um momento em pensamento, eu disse a nosso filho que eu gostaria de ir com ele. Era algo que nós poderíamos fazer junto e ao mesmo tempo para desafiar a mim mesmo a enfrentar meus medos. Então uma manhã de sábado, nós arrumamos nossas coisas e nos dirigimos ao local de skydiving. assim nós subimos  naquele pequeno avião naquele dia, eu pude sentir o medo em minha alma. O maior desafio foi quando eu tive que sair do avião à 762 metros acima da terra e permanecer na pequena plataforma. Sim, eu estava com medo mas eu sabia que tinha que faze-lo. Esse dia era como um exercício espiritual para mim. Ajudou-me a escutar melhor Jesus que disse tão frequentemente, “não temas!”
O outono vira inverno e inverno em primavera . Eu notei meu desejo mover adiante a volta. A sensação urgente sobre ser católico cresceu, mas também cresceu minha dor porque minha esposa não parecia crescer mais perto da igreja. Nós oramos juntos; nós íamos à igreja juntos; nos amamo-nos um ao outro, mas eu queria que nos tornássemos católicos juntos. Contudo não poderia simplesmente em boa consciência. Nós estávamos em um obstáculo. 
No início de 1996 meu irmão ligou da Flórida para dizer-me que achou que eu deveria me mudar de volta ara a Flórida para estar mais perto de nossa família. Eu sou o filho único que saiu de Tampa. Enfatizou que Deus queria que eu fizesse isso. Eu disse a ele que eu oraria a respeito. Sharon e eu falamos e oramos sobre esta possível mudança por um mês. Eu estava ficando convencido que era algo que nós deveríamos fazer. Tarde da noite eu não conseguia dormir assim, eu me dirigi à igreja do S. Carlos Borromeu para rezar. Sozinho no santuário, ajoelhado diante de nosso Senhor no tabernáculo, eu perguntei, “Senhor, que queres que eu faça? Você quer que nos mudemos para a Flórida?” Eu disse, “eu realmente não quero me mudar para a Flórida, mas se quiseres que façamos isso, eu irei.” No silêncio daquela noite, parecia como se Deus estivesse me perguntando, “Ken, você sabe quer fazer minha vontade. Mas a verdadeira pergunta aqui é o que você quer? No fundo do seu coração, Ken, o que é que você mais quer?” Eu não hesitei por um momento. Eu disse, “Senhor, não me importo se eu me mudar de volta para a Flórida, mas mais do que qualquer coisa no mundo, eu quero me tornar católico.” Então uma pergunta simples atravessou minha indecisão, “Bem, então, o que está esperando?”.
Um dia Trinitário
Essa pequena voz energizou-me. Eu tive que mover-me adiante. Eu falei com o pastor, padre Charles Cheeseborough e nós ajustamos a data para 1° de junho. Mas antes do dia chegar, eu tive que ter uma das mais importantes e difíceis conversas de meu casamento. Sharon e eu sentamo-nos em nosso sofá enquanto eu lhe dizia que eu já não tinha mais escolha. Eu estava convencido que a Santa Igreja Católica era a verdadeira igreja que Jesus fundou, e que eu seria desobediente a Deus se eu não entrasse nela. Minha consciência estava limitada. Eu não poderia recusar. Eu disse a ela que sabia que isto seria doloroso, mas de algum modo ela também sabia que eu teria me juntar. Nós dois nos sentimos extremamente tristes, mas ela sentiu que estaria ajudando no caminho da obra de Deus se ela tentasse permanecer no meu caminho. Nós decidimos que continuaria a ir às vigílias das missas comigo nas noites de sábado (como teve por dois anos), e que eu iria à igreja Luterana com ela. Nós sentimos que esta era uma “separação” inevitável, mas uma que não duraria para sempre. 
Eu disse a meus amigos católicos que tinham orado muito tempo por nós. Eles estavam super-alegres. Marie Jutras, uma mulher católica devota que eu conheci em Steubenville, disse que estava chegando. Trouxe um amigo com ela, um companheiro católico professor que estava a ponto de entrar no seminário para estudar para o sacerdócio. 1° de Junho de 1996 era um lindo dia de verão. Quase um ano após o tiro trágico e mais de quatro anos após aquele dia eu me tinha ajoelhado na Igreja de S. Pedro em Jackson, Mississippi, meu desejo ser católico estava se realizando. Três eventos importantes vieram junto fazer a disso um dia muito especial. Era meu quadragésimo quarto aniversário. E com corações gratos, nós exultamos que nossa filha mais velha, Rebekah, se estava se formando no colégio. Sobretudo, esse dia eu fui recebido e confirmado na Igreja, Una, Santa, Católica, e Apostólica na paróquia S. Carlos Borromeu pelo meu pastor, padre Charles Cheeseborough. Muitos de meus amigos católicos compareceram. O que me surpreendeu agradavelmente era que alguns dos meus amigos protestantes compareceram, incluindo um irmão mais velho de Sharon com quem eu cresci muito perto pelos anos. Mais tarde daquela noite, meus sogros convidaram para uma celebração em seu lar por estes três eventos. 
Eu tive muitas razões para ser grato nesse dia: minha vida, minha esposa, meus filhos, e minha família inteira. Todos eram (e são) presentes preciosos! Mais especial naquele dia era receber pela primeira vez a Sagrada Comunhão como um católico. A Eucaristia que me tinha extraído e me tinha convertido era agora minha possessão estimada. Muito antes, eu comecei a fazer o sinal da cruz, mas neste dia este gesto simples tomou um significado profundo, como eu sabia que agora eu estava finalmente em casa. Agora eu estava dentro da Arca do Testamento, a Barca de Pedro, como os Pais da Igreja chamaram-na de A Igreja. Eu estava mais incorporado, agora mais inteiramente no mistério que é Deus: Pai, Filho e Espírito Santo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Refutando Júlio Severo, Parte II: A mentira sobre a Inquisição






INTRODUÇÃO

Nesta matéria vamos continuar a resposta católica às mentiras sobre a história da Igreja que o senhor Júlio Severo nos fez o desfavor de publicar em seu site.  Desta vez iremos tratar sobre o tema principal sobre a inquisição, que é tratado da pior forma possível sem qualquer referencia bibliográfica séria e sem qualquer cuidado com o que escreve.
Nossa primeira resposta sobre a mentira na proibição da leitura da Bíblia pode ser lida aqui.

UMA BIBLIOGRAFIA SÉRIA AO SR. JÚLIO SEVERO

1 - Sete mentiras sobre a Igreja Católica – Phd Daiane Moczar
2 - Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental - Phd Thomas e. Woods jr.
3 - Inquisição espanhola: uma revisão histórica – Doutor Henry Kamen
4 - Inquisição: história, mito e verdade - Phd Joseph Bernard
5 - A inquisição em seu mundo – Doutor João Bernardino Gonzaga
6 - Para entender a inquisição – Professor Doutor Felipe Aquino
7 - Inquisição – Doutor Edward Peters
8 – Atas do Simpósio Internacional Sobre a Inquisição – Doutor Augustino Borromeu

PENA DE MORTE PARA HEREGES E 
CRIMINOSOS NA BÍBLIA

Antes de tudo temos que mostrar ao Júlio Severo que a Pena de Morte tanto para criminosos quanto para hereges e inimigos do povo de Deus, era prevista pela bíblia:
Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, CERTAMENTE MORRERÁ; SERÃO APEDREJADOS; O SEU SANGUE SERÁ SOBRE ELES.” (Lev 20, 27 )
A feiticeira não deixarás viver.” (Exo 22, 18)
Aquele que ferir mortalmente um homem, será morto.” (Êxodo 21, 12)
Aquele que ferir seu pai ou sua mãe, será morto.” (Êxodo 21, 15)
Aquele que furtar um homem, e o tiver vendido, ou se este for encontrado em suas mãos, será morto.” (Êxodo 21, 16)
E quem matar a alguém certamente morrerá.” (Lev 24, 17)
Pela manhã DESTRUIREI TODOS OS ÍMPIOS DA TERRA, PARA DESARRAIGAR DA CIDADE DO SENHOR TODOS OS QUE PRATICAM A INIQÜIDADE.” (Salmo 101(100) 8 )
Paulo, porém, disse: Estou perante o tribunal de César. É LÁ QUE DEVO SER JULGADO. NÃO FIZ MAL ALGUM AOS JUDEUS, COMO BEM SABES. SE LHES TENHO FEITO ALGUM MAL OU COISA DIGNA DE MORTE, NÃO RECUSO MORRER. Mas, se nada há daquilo de que estes me acusam, ninguém tem o direito de entregar-me a eles. Apelo para César!” (Atos 25, 10-11)
Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; QUER AOS GOVERNADORES, COMO POR ELE ENVIADOS PARA CASTIGO DOS MALFEITORES, e para louvor dos que fazem o bem.” (I Pedro 2, 13-14)
Perto destas citações bíblicas a inquisição era fichinha, levando em conta que só condenava hereges que eram criminosos em potencial ou perturbadores da sociedade e após um acurado julgamento.
Existem vários outros casos da expulsão, condenação a morte de pagãos e idólatras na bíblia, porém os versículos já mostrados são suficientes para termos a ideia que a inquisição em raros os casos, só seguia aquilo que também a bíblia já trazia.

JOÃO PAULO II PEDIU PERDÃO PELOS 
“CRIMES” DA INQUISIÇÃO?

Depois de nos dar uma passagem recortada e totalmente contextualizada do site Zenit sobre o pronunciamento do papa sobre a inquisição, Júlio Severo profere:
Temos então a declaração clara do papa: os católicos da Inquisição estavam em pecado e se afastaram do espírito de Cristo e de seu Evangelho. Mais claro que isso impossível.
“Católicos que elogiam ou desculpam a Inquisição entram em choque com João Paulo II, envergonham o verdadeiro Evangelho e evidenciam que desconhecem as posições de seus próprios líderes. Querem ser mais católicos do que o papa e no final acabam defendendo o crime, a tortura e o assassinato de inocentes. Acabam pecando e defendendo o pecado.”
A defesa da Inquisição é uma agressão a mim, que sou evangélico e também colunista do Mídia Sem Máscara. Juntamente com os judeus, os evangélicos foram os mais massacrados pela Inquisição. Por isso, a defesa da Inquisição é uma agressão a outros colunistas do MSM que são evangélicos, judeus, ortodoxos e até ateus.
Novamente uma pérola, ou mesmo uma falta de honestidade em ler um artigo que ele retirou uma passagem dizendo que o papa pediu perdão sobre a inquisição.  O que realmente o papa falou:
Ante a opinião pública, a imagem da Inquisição representa de alguma forma o símbolo deste antitestemunho e escândalo. Em que medida esta imagem é fiel à realidade? Antes de pedir perdão é necessário conhecer exatamente os fatos e reconhecer as carências ante as exigências nos casos em que seja assim. Este é o motivo pelo qual o Comitê pediu a consulta de historiadores, cuja competência científica é universalmente reconhecida. (CONFIRA NO ZENIT)
Ou seja, o papa, depois do estudo profundo de historiadores renomados, no Simpósio Internacional sobre a inquisição, reconheceu que houve casos onde as pessoas exageraram, ele não pediu perdão sobre a inquisição em geral que foi justa e reta, por este mesmo motivo o papa fala sobre “os filhos da Igreja” e não sobre a Igreja em si, já que os casos particulares de erros não eram a intenção do tribunal do Santo Oficio.
Este mesmo Simpósio Internacional citado como bibliografia para o senhor Júlio Severo no inicio deste artigo, com dezenas de historiadores renomados liderados por Augustino Borromeu, concluiu que:
Na Espanha, de 1540 a 1700, foram celebrados 44.674 juízos por tribunais inquisidores e foram mortas quase 2% (para precisão, 1,8%) das pessoas julgadas; outros 1,7% foram condenados em contumácia, ou seja, não foram justiçados pessoalmente, mas em lugar delas foram queimados ou enforcados fantoches.
Sobre o tema da bruxaria, contou que na Espanha foram queimadas naqueles anos 59 bruxas; em Portugal, 36, e na Alemanha, 25.000. Neste último país, as condenações não foram só dos tribunais da Inquisição.

Com essas cifras, precisou-se que o recurso à tortura e a condenação à pena de morte não foram tão freqüentes como por muito tempo se acreditou.
E também:
A Inquisição exerce uma obsessão nas memórias e no imaginário como mito da intolerância e da violência, que brotaram do profundo da própria cristandade” (Leia mais aqui)

Segundo os maiores historiadores da atualidade a inquisição está longe de ser aquilo que Júlio Severo pensa que ela é, e também do que a maioria dos apedeutas caluniadores propagam internet a fora.

UM ATIVISTA PRÓ-VIDA PODE DEFENDER A INQUISIÇÃO?


Diz o sofista Júlio Severo:
A resposta ao título deste artigo é: Claro que não! Eu, por exemplo, nunca defendi nenhum tipo de Inquisição e, se algum dia eu vier a fazer isso, terei evidentemente de abandonar a luta pró-vida, pois não faz sentido agir seletivamente condenando um genocídio e apoiando outro.
Raciocínio torto, totalmente “non sense”. Somos a favor de punir bandidos e hereges criminosos assim como a bíblia fez, e não inocentes que nunca fizeram nada, que não podem ter defesa ou argumentar em seu próprio favor. Esse raciocínio é o equivalente a dizer: quem é contra prender uma criança durante 10 anos numa cela, não pode ser a favor de prender um criminoso por 10 anos numa cadeia”. A tese contrária é verdadeira Quem é a favor do aborto não pode ser contra a pena de morte. Se alguém defende o assassinato de uma criança inocente, não poderá ser contra a execução de um bandido.

Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, atrás das grades - mas por pouco tempo.
Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, atrás das grades – mas por pouco tempo.



Júlio Severo acha que a inquisição julgava gente inocente e não criminosos e hereges pertubadores, como os cátaros que propagavam seus crimes e heresias por toda a França, matando crianças, mulheres grávidas e propagando o suicídio por inanição. Eu queria que ele tivesse vivido na época dos cátaros e que algum visitasse a casa dele, ai ele iria dar total apoio a inquisição.
Seguindo a lógica de Júlio Severo, será que a bíblia pode ser usada a favor da causa pró-vida depois de todas as passagens que foram mostradas mais acima?

OS TAIS “FAMOSOS CRISTÃOS QUE FORAM MORTOS PELA INQUISIÇÃO”
A primeira falácia de Jan Hus:
Jan Huss (1373–1415) Era um líder católico na atual República Checa. Ele pregava na língua do povo, citando versículos da Bíblia na língua checa. Na época, a missa era toda realizada em latim, e o povo nada entendia. Huss começou a abrir a Bíblia para o povo.
De onde é que ele tirou isso? Do WikiPedia?
Como Júlio Severo sabe tanto de história da Igreja quanto um criança de 5 anos, ele não sabe que a parte em latim da Missa é apenas as orações e o cânon, a bíblia era lida em vernácula e a pregação também em vernáculo, não há qualquer sentido pregar em Latim, como ele sonha  que a Igreja pregava, para pessoas que não entendiam, não há qualquer sentido. A questão do uso do latim para as traduções da bíblia e em partes da Missa, eu já expliquei no primeiro artigo, sobre a questão da leitura da bíblia.
Certo que John Huss foi sim condenado, mas não por pregar a bíblia, coisa que todos os padres faziam, mas por causar agitos populares negando a doutrina da Cristã. Quem deseja conhecer a realidade sobre a história de Jan Hus é melhor ler um artigo sério e imparcial da enciclopédia Católica disponível em inglês aqui.

A falácia sobre Jerônimo de Savonarola

Jerônimo Savonarola (1452-1498) Nascido em Florença, Itália, pregava, como um dos profetas hebreus, para vastas multidões que enchiam sua catedral. Seus sermões eram contra a sensualidade e o pecado da cidade e os vícios do papa. Foi enforcado e queimado na grande praça de Florença, dezenove anos antes das 95 teses de Lutero.
Bem, além de eu duvidar muito do Júlio Severo saber o conteúdo das 95 teses de Lutero, ele acusa a inquisição de ter queimado Jerônimo Savonarola, a inquisição não o queimou, ele foi condenado a fogueira por seus inimigos, acusado de heresia, ele era considerado um santo por muitos, não negava a doutrina da Igreja. Foram seus inimigos, por ele denunciar muitas coisas erradas que armaram contra ele e ele foi queimado.
Mentira Sobre William Tyndale e o tiro no pé de Júlio Severo:
William Tyndale (1494-1536) Tyndale graduou-se na Universidade de Oxford em 1515, onde estudou as Escrituras no hebraico e no grego. Aos trinta anos, fez uma promessa de que traduziria a Bíblia para o inglês para que todo o povo, desde o trabalhador do campo até os ricos dos palácios, pudesse ler e compreender as Escrituras em sua própria língua. Na época, a Igreja Católica proibia rigidamente qualquer pessoa leiga de ler a Bíblia[...]. Foi condenado a morrer na fogueira em praça pública e, para impedir que morresse cantando hinos, foi estrangulado. Para assistir ao surpreendente filme da vida e martírio de Tyndale, clique neste link:http://youtu.be/-qnuhulvPB4
Será que o Júlio Severo assistiu mesmo o filme que ele colocou, ou é o filme que é mentiroso mesmo?
Tyndale foi morto por protestantes na Bélgica um pais que nem era mais católico na época. Ele morreu a mando do rei Henrique VIII, isto mesmo, aquele que fundou a Igreja Anglicana, e isso quando já havia abandonado a fé católica e já criado sua Igreja.
Tyndale como qualquer outro herege protestante, dizia que propagaria a bíblia, mas a falsificou. Que vontade de todos acessarem a bíblia” é essa?  As traduções de Tyndale foram banidas pelas autoridades e o próprio Tyndale foi queimado na fogueira em 1536 em Vilvoorden, Bélgica, sob a instigação de agentes de Henrique VIII e a Igreja Anglicana.
A esdrúxula mentira de quem rezasse em vernácula seria morto:
A proibição da leitura da Bíblia agravou-se de tal maneira que se uma criança recitasse a oração do “Pai Nosso” em inglês toda a sua família era condenada a ser queimada na estaca. William Tyndale, que conheceu Lutero, concluiu a tradução do Novo Testamento em 1525. Não só líderes cristãos foram martirizados, mas populações de cidades e regiões inteiras na Europa foram massacradas pelos agentes da inquisição.
Mas de onde é que este senhor retirou este negócio aqui? Por favor, Júlio Severo, me traga um só livro ou testemunho da época que tragam massacres realizados pela Igreja. Me traga um só “reformador” protestante que diga que a Igreja massacrava em massa. Eu não sei de onde ele tirou isso, mas nem vou me esforçar a entender por que isto é demais.


LUTERO VÍTIMA DA INQUISIÇÃO?

Diz Júlio Severo:
Só não posso citar Martinho Lutero (1483-1546) como um dos muitos mártires da Inquisição, pois a perseguição papal contra ele foi um fracasso. O papa da época realmente chegou a excomungar Lutero, o que significava que qualquer autoridade civil poderia matá-lo, mas providencialmente Deus usou as autoridades para protegê-lo.
Onde é que está o escrito de Lutero falando que ele foi vítima da inquisição, e que ele iria ser morto pela inquisição? Onde é que está o escrito de Lutero onde ele fala de atrocidades cometidas pela inquisição? O senhor pode nos trazer aqui? Lutero recebeu a excomunhão do papa e a queimou, se ele estivesse preso, ele não teria como queimar sua carta de excomunhão, mas nem isso Júlio Severo imagina. Lutero foi julgado e excomungado, não lhe incorreu nenhuma pena de morte, mostrando que a inquisição não matava ninguém por qualquer coisa.
Também, Lutero era totalmente a favor do controle de seus inimigos a base da espada como atestam vários historiadores protestantes e seculares, e os próprios escritos de Lutero.
Lutero sobre a supressão de seus inimigos:
É dever das autoridades resistir e punir essa blasfêmia pública.” (Grisar, VI, 240)
Não apenas o poder espiritual, mas também o poder secular deve servir ao evangelho, quer voluntariamente, quer não. (Grisar, VI, 245)
Os homens desprezam o evangelho e insistem em ser compelidos pela lei e pela espada. (Grisar, VI, 262; EA, III, 39; carta para Georg Spalatin)
Se eu tivesse todos os frades franciscanos em uma casa, eu tocaria fogo nela… Ao fogo com eles!” (Grisar, VI, 247; Table Talk [editado por Mathesius], 180; verão 1540)
É dever suprimir o Papa à força. (Grisar, VI, 245; EN, IV, 298)
Os poderes espirituais [...] e também os temporais, terão que sucumbir ao evangelho, ou por amor ou pela força, como é claramente provado por toda a história bíblica.” (Janssen, III, 267; carta para Frederick, Elector da Saxônia, 1522)
Morte e supressão a católicos:
Há outros que ensinam em oposição a alguns artigos de fé relacionados que é manifestamente fundamentado nas Escrituras e professado pelos bons cristãos ao redor de todo o mundo, como os que são ensinados às crianças, no credo. Hereges desse tipo não devem ser tolerados, mas punidos como blasfemos abertos. Se alguém quer pregar ou ensinar, deixe-o dar a conhecer o chamado ou o comando que o impele de fazê-lo, ou deixe-o manter silêncio. Se ele não vai manter-se quieto, então deixe as autoridades civis comandarem o canalha a seu legítimo mestre, nomeadamente, Mestre Hans [i.e., O Carrasco]. (Janssen, X, 222; EA, Bd. 39, 250-258; Comentário no 82º Salmo, 1530; cf. Durant, 423, Grisar, VI, 26-27)
Aqueles sediciosos artigos de doutrina deveriam ser punidos pela espada, sem que houvesse necessidade de mais provas. Para o resto, os Anabatistas mantêm princípios relativos ao batismo de crianças, ao pecado original e inspiração, que não tem conexão com a Palavra de Deus, e são na verdade opostos a isso. Autoridades seculares são também compelidas a restringir e punir manifestamente falsas doutrinas, por pensar que desastre aconteceria se crianças não fossem batizadas? Além disso, os Anabatistas separam-se de igrejas e estabelecem um ministério e congregação próprios, que é também contrário à ordem de Deus. De tudo isso, se torna claro que as autoridades seculares estão compelidas a infligir punições corporais nos ofensores. Também quando é um caso de apenas defender alguns princípios espirituais, como o batismo de crianças, pecado original e separação desnecessária, e então, nós concluímos que os sectários teimosos devem ser postos à morte.” (Janssen, X, 222-223; panfleto de 1536).
Bullinger viu a contradição no apelo de Lutero para a tradição por punição dos hereges, e pensou que isso era “verdadeiramente risível” que ele devesse de repente apelar para o fato de a Igreja ter mantido isso por tanto tempo. Se o argumento de Lutero, baseado no uso duradouro, seja admitido, e em seguida toda a própria doutrina de Lutero cai, por seu ensinamento não ser aquele que a Igreja Romana manteve por tanto tempo.” (Grisar, VI, 259; Carta a Albert, Margrave of Bradenburg)
Duas fontes não Católicas bem conhecidas e respeitadas concorrem, como para o fato de a adoção da perseguição de Lutero a protestantes não Luteranos:
Em 1530 Lutero avançou na visão de que duas ofensas deveriam ser penalizadas até mesmo com morte, nomeadamente sedição e blasfêmia. Lutero interpretou mera abstenção do ofício público e serviço militar como sedição e uma rejeição de um artigo do credo dos apóstolos como blasfêmia. Em um memorando de 1531, composto por Melanchthon e assinado por Lutero, uma rejeição do ofício ministerial foi descrita como blasfêmia insuportável, e a desintegração da Igreja como sedição contra a ordem eclesial. Em um memorando de 1536, novamente composto por Melanchthon e assinado por Lutero, a distinção entre os Anabatistas pacíficos e os revolucionários foi obliterada. (Bainton, 295)
Em 1530, em seu comentário no 82º salmo, ele aconselhou aos governantes a darem sentença de morte a todos os hereges que pregaram sedição ou contra a propriedade privada, e àqueles que ensinaram contra um manifesto artigo de fé. (WA, XXXI, 1, 208 ff.)
Outros escritos do próprio Lutero:
Mesmo os incrédulos deveriam ser forçados a obedecer aos Dez Mandamentos, ir à igreja e exteriormente conformar-se. (Carta de August 26, 1529 para Joseph Metsch)
Por favor, Júlio Severo, nos faça o favor de estudar história. Leia os escritos do pai do protestantismo e depois repense antes de escrever matérias esdrúxulas.

A INQUISIÇÃO MATOU MILHARES DE PESSOAS? QUESTIONÁRIO AO JÚLIO SEVERO!
Segundo Júlio Severo a inquisição pregava uma cultura de morte, trucidava cidades e famílias inteiras, pois bem, vamos fazer algumas perguntas ao sr. Júlio Severo, para se ele ler, ver se consegue nos responder:
1 - Já que a inquisição matou milhões de pessoas, me cite, por favor, o nome de 100 pessoas mortas pela inquisição, o que não será uma tarefa tão difícil já que conseguiram contabilizar milhões de pessoas mortas, me trazer-nos o nome de 100 é uma tarefa muito fácil.
2 – Me cite um só documento da Igreja mandando matar quem lesse a bíblia, ou rezasse em língua vernácula.
3 – Veja a foto:
Essa é a variação da população da Europa, logo nos anos que a inquisição começou e estava em seu ápice, a população da Europa cresceu em mais de 1/3 ou seja de 1200 a 1300 cresceu em um número de 20 milhões, bem nos tempo que se instaurou a inquisição.
Em 1300 veio a peste negra que matou 40 milhões de pessoas então a sua população reduziu quase pela metade como se pode ver no gráfico, depois  de erradicada a peste negra a população voltou a crescer vertiginosamente.
A pergunta é: onde estão os milhões de pessoas mortas pela inquisição? Pois, nos anos que se instaurou a inquisição a Europa cresceu, a não ser quando a peste chegou que matou metade da população.
Por favor historiador Júlio Severo me dê uma explicação de onde é que vinham os 100 milhões, 30 milhões ou 10 milhões de pessoas mortas pela inquisição? Já que em nenhum gráfico populacional ou pesquisa demográfica a respeito dessa época dá pra ver uma redução de milhões de pessoas por uma outra causa qualquer a não ser a peste negra?
4 – Por favor, me diga como é que fizeram para contabilizar o tanto de pessoas mortas na inquisição, já que não podem trazer sequer um documento falando sobre matanças desencadeadas ou pelo menos o nome de algumas centenas delas?
5 – Por favor, me mostre escritos de pessoas ou historiadores da época isto é de 1231 à 1500 anos ápices da inquisição, relatando a matança desencadeada e coletiva de pessoas por simples casos de bruxaria ou heresia.
6 – Se não conseguiu responder a questão 5 e 4, me diga por que então acredita em lendas, criadas por pessoas centenas de anos após os fatos ocorridos e ignoram que não existe nenhum relato da época sobre a matança geral e nem mesmo espaço na demografia da época para a morte de milhões de pessoas?

A INQUISIÇÃO PROTESTANTE
Agora a pérola histórica de Júlio Severo:
A tal “Inquisição Protestante” só existe em livros católicos. Procurando na Enciclopédia Britânica, edição de 1911, nada encontrei sobre “Inquisição Protestante.” Mas encontrei farto material sobre a “Inquisição Católica.” Em todo caso, mesmo que tivesse existido uma “Inquisição Protestante”, nunca no meu blog ou no meu Facebook eu elogiei ou sugeri tal inquisição para os católicos.
O que é mais engraçado nesta afirmação é que ele diz que procurou na Enciclopédia Britânica e não achou nada, o que mostra que realmente  o Júlio Severo não tem sequer uma bibliografia sobre o assunto, procura um índice em uma enciclopédia o que achou é verdade para ele, mas o que ele não achar lá, é por que nunca existiu, como que a enciclopédia britânica trará todos os assuntos do mundo e que não pudesse ser parcial, justamente por ser produzida em um pais protestante.
Embora já coloquei diversos livros como bibliografia no início deste artigo, vou satisfazer a vontade do senhor Júlio Severo e colocar aqui dezenas de autores não católicos e até mesmo os reformadores protestantes atestando sobre a inquisição protestante, para ensinar a ele um pouco da história do protestantismo. Estas citações foram retiradas da matéria do Dave Armstrong sobre a inquisição protestante que publicaremos neste mesmo site nos próximos dias, em português.
Começamos pelo dicionário de Oxford:
Os próprios reformadores... isto é, Lutero, Beza, e Especialmente Calvino, eram intolerantes aos dissidentes católicos Romanos. ( Dicionário da Igreja Cristã de Oxford -  Referência 1383)
Janssen nos conta as visões dos principais “reformadores” a esse respeito:
Lutero ficava satisfeito com a expulsão dos católicos. Melanchthon era favorável à imposição de penas corporais contra eles [. . .] Zwinglio sustentava que, caso necessário, o massacre de bispos e padres era obra ordenada por Deus. (Janssen, V, 290)
A Zurique sob Zwinglio definitivamente não era um paraíso de liberdade cristã:
A presença nos sermões . . . era convocada sob ameaça de punição; todo ensinamento e culto da Igreja que desviasse das prescrições eram passíveis de punição. Mesmo fora do distrito de Zurique os clérigos não estavam autorizados a rezar a Santa Missa e tampouco os leigos autorizados à frequentá-la. Chegou a ser proibido, ‘sob pena de severo castigo, manter fotos ou imagens mesmo que na privacidade de casa’. . . O exemplo de Zurique foi seguido por outros cantões (províncias) suíços. (Janssen, V, 134-135)
A Santa Missa foi abolida de Zurique em 1525 (Dickens, 117).
O progresso delas foi marcado pela destruição de igrejas e o incêndio de monastérios. Os bispos de Constance, Basle, Lausanne e Genebra foram forçados a abandonar suas arquidioceses. (Daniel-Rops, 81-82)
William Farel, que precedeu Calvino em Genebra, ajudou a abolir a Santa Missa, em agosto de 1535, a invadir as igrejas todas, e a fechar os quatro monastérios e o convento da cidade.(Harkness, 8)
O sermão dele em St. Peter's foi ocasião de várias rebeliões; estátuas foram quebradas, pinturas destruídas, e tesouros da Igreja, no valor de 10,000 crowns, desapareceram. (Hughes, 226-227)
Martin Bucer . . . embora desejoso de ser reconhecido como ponderado e pacífico. . . defendeu abertamente ‘o poder das autoridades sobre as consciências’ . Ele jamais descansou até, em 1537. . . conseguir a supressão total da Santa Missa em Augsburgo. Por conta de sua instigação, várias pinturas finas, monumentos e obras de arte da antiguidade foram desenfreadamente rasgados, quebrados e destruídos. Qualquer pessoa que se recusasse à submissão e frequentasse culto público era obrigada a sair dos limites da cidade em até 8 dias. Cidadãos católicos foram proibidos, sob severas penas, de participar de cultos católicos em outras localidades... Em outras… cidades, Bucer também não deixou de agir com violência e intolerância, por exemplo, em Ulm, onde ele ajudou Oecolampadius . . . em 1531, e em Estrasburgo . . . Onde, em 1529, após o Conselho da Cidade ter proibido o culto católico, os conselheiros requisitaram pregadores para ajudar a preencher as igrejas vazias emitindo ordens que prescreviam o comparecimento nos sermões. (Grisar, VI, 277-278)
Em 1522 uma turba forçou a entrada na igreja de Wittenberg, nas portas da qual Lutero havia pregado suas teses, e destruíram todos os seus altares e estátuas, e ... expulsaram os clérigos. Também foi assim em Rotenburg, em 1525, a figura de Cristo foi decapitada... Em 9 de fevereiro de 1529, tudo o que anteriormente era reverenciado na bela e antiga catedral de Basle, na Suíça, estava destruído . . . Esses exemplos de brutalidade e fanatismo poderiam ser citados aos montes. (Stoddard, 94)
[Em] Constance, em 10 de março de 1528, a fé católica estava plenamente interditada… pelo Conselho [...] 'Não há direito algum além daqueles previstos nos evangelhos como agora interpretados'[...] Altares foram demolidos [...] os órgãos foram removidos como sendo obras de idolatria[...] tesouros da igreja foram enviados ao fisco. (Janssen, V, 146)
Na Escócia, John Knox e companhia criaram legislação na qual:
Era [...] proibido rezar a Santa Missa ou estar nela presente, sob pena de, para a primeira transgressão, o perdimento de todos os bens e espancamento; na segunda transgressão, o banimento; e na terceira, a morte. (Hughes, 300)
Knox, como quase todo Fundador Protestante, estava persuadido de que “tudo o que nossos adversários fazem é diabólico”. Ele se alegrava com isso:
. . . perfeito ódio que o Espírito Santo engendra nos corações dos eleitos de Deus contra os detratores de Seus sagrados estatutos. (John Knox, History of the Reformation in Scotland, New York: 1950, Introduction, 73)
Lutero estava na vanguarda dessa notável inquisição contra a prática católica:
É dever das autoridades resistir e punir essa blasfêmia pública.” (Grisar, VI, 240)
Não apenas o poder espiritual, mas também o poder secular deve servir ao evangelho, quer voluntariamente, quer não.” (Grisar, VI, 245)
Lutero tinha decidido, por volta de 1527, que:
Os homens desprezam o evangelho e insistem em ser compelidos pela lei e pela espada. (Grisar, VI, 262; EA, III, 39; carta para Georg Spalatin)
Mesmo que eles não acreditem, eles devem, ainda assim… ser levados à pregação, para que então eles pelo menos aprendam as obras exteriores da obediência. (Grisar, VI, 262; em 1529)
Embora nós não possamos e nem devamos forçar alguém na fé, ainda assim as massas devem ser detidas e levadas à ela, para que aprendam o que é certo ou errado.” (Grisar, VI, 263; WA, XXX, 1, 349; Preface to Smaller Catechism, 1531)
É nosso costume amedrontar aqueles que [...] não aparecem na pregação; e ameaçar com banimento e com a lei [...] Caso eles se provem contumazes, excomunguemos-los […] como se fossem pagãos. (Grisar, VI, 263; EN, IX, 365; carta para Leonard Beyer, 1533)
Embora a excomunhão no papado tenha sido vergonhosamente abusada...  mesmo assim não devemos aboli-la, mas fazer bom uso dela, como Cristo mandou. (Durant, 424-425)
Melanchthon pediu ao Estado que compelisse o povo a frequentar os cultos protestantes (Durant, 424). Mais tarde, na Saxônia (1623), mesmo a confissão auricular e a Eucaristia tornaram-se estritamente obrigatórias por lei, passíveis de punição por banimento. (Grisar, VI, 264) Calvino, em Genebra, também empurrou a coerção religiosa a um grau absurdo.
Os estados protestantes não questionaram que professores de doutrinas desaprovadas devessem ser impedidos de pregar. Nem questionaram que o estado devesse usar leis para encorajar a ida aos cultos. Na Inglaterra anglicana e a Alemanha luterana, Holanda reformada… os cidadãos também estavam sujeito à sanções caso não tivessem uma boa razão para faltar ao culto de suas paroquias. (Chadwick, 398)
Se eu tivesse todos os frades franciscanos em uma casa, eu tocaria fogo nela… Ao fogo com eles! (Grisar, VI, 247; Table Talk [editado por Mathesius], 180; verão 1540)
É dever suprimir o Papa à força. (Grisar, VI, 245; EN, IV, 298)
Os poderes espirituais [...] e também os temporais, terão que sucumbir ao evangelho, ou por amor ou pela força, como é claramente provado por toda a história bíblica. (Janssen, III, 267; carta para Frederick, Elector da Saxônia, 1522)
Zwinglio também tinha notórias tendências militaristas:
Zwinglio chegou a declarar que o massacre dos bispos era necessário ao estabelecimento de um Evangelho puro. . . Em 4 de maio de 1528, ele escreveu: ‘Os bispos não desistirão de sua fraude... até um segundo Elias aparecer para fazer chover espadas sobre eles. . . É mais sábio arrancar for a um olho cego do que deixar o corpo todo corromper-se.’” (Janssen, V, 180; Zwingli's Works, VII, 174-184)
Zwinglio foi morto, com outros 24 pregadores zwinglianos, na batalha de Kappel, a algumas milhas ao sul de Zurique, em 11 de outubro de 1531. Lutero ficou contente ao receber a notícia. Esse evento deve ter ajudado a fazer do sucessor de Zwinglio, Bullinger, o mais suave e moderado de todos os fundadores do protestantismo.
Há outros que ensinam em oposição a alguns artigos de fé relacionados que é manifestamente fundamentado nas Escrituras e professado pelos bons cristãos ao redor de todo o mundo, como os que são ensinados às crianças, no credo. Hereges desse tipo não devem ser tolerados, mas punidos como blasfemos abertos. Se alguém quer pregar ou ensinar, deixe-o dar a conhecer o chamado ou o comando que o impele de fazê-lo, ou deixe-o manter silêncio. Se ele não vai manter-se quieto, então deixe as autoridades civis comandarem o canalha a seu legítimo mestre, nomeadamente, Mestre Hans [i.e., O Carrasco]. (Janssen, X, 222; EA, Bd. 39, 250-258; Comentário no 82º Salmo, 1530; cf. Durant, 423, Grisar, VI, 26-27)
Aqueles sediciosos artigos de doutrina deveriam ser punidos pela espada, sem que houvesse necessidade de mais provas. Para o resto, os Anabatistas mantêm princípios relativos ao batismo de crianças, ao pecado original e inspiração, que não tem conexão com a Palavra de Deus, e são na verdade opostos a isso. Autoridades seculares são também compelidas a restringir e punir manifestamente falsas doutrinas, por pensar que desastre aconteceria se crianças não fossem batizadas? Além disso, os Anabatistas separam-se de igrejas e estabelecem um ministério e congregação próprios, que é também contrário à ordem de Deus. De tudo isso, se torna claro que as autoridades seculares estão compelidas a infligir punições corporais nos ofensores. Também quando é um caso de apenas defender alguns princípios espirituais, como o batismo de crianças, pecado original e separação desnecessária, e então, nós concluímos que os sectários teimosos devem ser postos à morte.” (Janssen, X, 222-223; panfleto de 1536).
Bullinger viu a contradição no apelo de Lutero para a tradição por punição dos hereges, e pensou que isso era “verdadeiramente risível” que ele devesse de repente apelar para o fato de a Igreja ter mantido isso por tanto tempo. Se o argumento de Lutero, baseado no uso duradouro, seja admitido, e em seguida toda a própria doutrina de Lutero cai, por seu ensinamento não ser aquele que a Igreja Romana manteve por tanto tempo.”  (Grisar, VI, 259; Carta a Albert, Margrave of Bradenburg)
Consistência lógica nunca foi um dos pontos fortes de Lutero.
Grisar atesta:
Que todo seguidor do Evangelho dele, esteve compelido a considerar todas as opiniões que divergiram das dele como heresias ateias. Ele nunca duvidou a partir do momento em que ele descobriu seu novo Evangelho. (Grisar, VI, 238)
Duas fontes não Católicas bem conhecidas e respeitadas concorrem, como para o fato de a adoção da perseguição de Lutero por protestantes não Luteranos:
Em 1530 Lutero avançou na visão de que duas ofensas deveriam ser penalizadas até mesmo com morte, nomeadamente sedição e blasfêmia. Lutero interpretou mera abstenção do ofício público e serviço militar como sedição e uma rejeição de um artigo do credo dos apóstolos como blasfêmia. Em um memorando de 1531, composto por Melanchthon e assinado por Lutero, uma rejeição do ofício ministerial foi descrita como blasfêmia insuportável, e a desintegração da Igreja como sedição contra a ordem eclesial. Em um memorando de 1536, novamente composto por Melanchthon e assinado por Lutero, a distinção entre os Anabatistas pacíficos e os revolucionários foi obliterada. (Bainton, 295)
É instrutivo observar como Lutero se moveu da tolerância para o dogma como poder dele e certamente cresceu. Em 1520 Lutero ordenou “todo homem um padre” e adicionou “nós deveríamos vencer hereges com livros, não com queimadas. (Carta Aberta à Nobreza Cristã, Trabalhos de Lutero, Filadélfia, 1943, I, 76, 142)
Mas um homem que possuiu a certeza de ter a Palavra de Deus não pôde tolerar sua contradição. Em meados de 1529 ele estava desenhando algumas distinções delicadas.
Mesmo os incrédulos deveriam ser forçados a obedecer aos Dez Mandamentos, ir à igreja e exteriormente conformar-se. (Carta de August 26, 1529 para Joseph Metsch)
Em 1530, em seu comentário no 82º salmo, ele aconselhou aos governantes a darem sentença de morte a todos os hereges que pregaram sedição ou contra a propriedade privada, e àqueles que ensinaram contra um manifesto artigo de fé. (WA, XXXI, 1, 208 ff.)
Nós deveríamos notar, entretanto, que rumo ao fim de sua vida, Lutero retornou ao seu sentimento inicial por tolerância. Em seu último sermão ele aconselhou o abandono de todas as tentativas de destruir a heresia por força.” (Will Durant, 420-430)
Kurt Reinhardt, autor dos dois volumes de História da Alemanha, escreveu:
A igreja “invisível” que Lutero teve a esperança de estabelecer nos corações dos fiéis cresceu em uma tão visível instituição humana. Lutero viu-se compelido a mantê-la à força e se virar contra os próprios princípios de liberdade individual e tolerância. Os ideais de liberdade espiritual, julgamento individual e pura intimidade de Lutero na verdade nunca foram corporificados na completa estrutura de sua igreja; a maior parte das ideias que o levaram à quase ruptura com Roma teve que procurar refúgio no abrigo dessas seitas separatistas que foram perseguidas a ferro e fogo pelas três igrejas reformadas. (Alemanha: 2000 Anos, I, Nova Iorque: Ungar, edição revisada de 1961, 235, 237)
Pode-se imaginar como os judeus poderiam passar por essa atmosfera intolerante entre cristãos, reais ou de fachada. Para os judeus, Lutero aconselhou:
Deixe que suas casas sejam aniquiladas e destruídas. Deixe que seus livros de orações e Talmuds sejam tirados deles, assim como suas Bíblias Sagradas. Deixe que seus rabinos sejam proibidos, na dor da morte, de ensinar mais doravante. Deise que as ruas e estradas sejam fechadas contra eles. Deixe que eles sejam proibidos de praticar a usura, e deixe que todo o dinheiro, todos os tesouros de prata e ouro deles sejam tirados e guardados em algum lugar em segurança. E se tudo isso não for suficiente, deixe que eles sejam dirigidos como cachorros loucos para fora da terra.” (EA, XXXII, 217-233; Durant, 422; Sobre os Judeus e Suas Mentiras, 1543; Durant cita como sendo sua fonte Janssen, III, 211-212)
O mais triste é que anteriormente Lutero falou com mais tolerância sobre os judeus. Agora, como um velho homem que foi sitiado com doença, frustração, dissenção e decepção (mas em tempos atormentado pela dúvida), ele soltou sua língua com consequências incalculáveis novamente.
As intolerância de Melanchthon:
Melanchthon aceitou a presidência da inquisição secular que suprimiu os Anabatistas na Alemanha com prisão ou morte. “Por que deveríamos ter mais pena desses homens do que Deus tem?” ele perguntou, por pensar que Deus tinha destinado todos os Anabatistas para o inferno.”  (Durant, 423)
Uma inquisição regular foi estabelecida em Saxony, com Melanchthon no banco, e sob isso muitas pessoas foram punidas, algumas com morte, outras com prisão perpétua, outras com exílio. (Smith, 177)
Mesmo que os Anabatistas não defendessem nada sedicioso ou blasfemo” era, em sua opinião, “dever das autoridades colocarem-nos à morte.” (Grisar, VI, 250; BR, II, 17 ff.; Fevereiro de 1530)
No final de 1530, Melanchthon elaborou um memorando no qual defendeu um sistema regular de coerção pela espada (i.e., morte aos Anabatistas). Lutero assinou-o, com suas palavras “isso me agrada” e adicionou:
Embora possa parecer cruel puni-los pela espada, ainda assim é mais cruel deles não ensinarem nenhuma doutrina certa – e por perseguir a doutrina verdadeira”. (Grisar, VI, 251)
O teólogo protestante August W. Hunzinger conclui que:
Melanchthon estava acostumado a não perder tempo recorrendo a ferro e fogo. Isso forma uma mancha escura em sua vida. Muitos homens foram vítimas de seu memorando. (Grisar, VI, 270; Die Theol. Der Gegenwart, 1909, II, 3, 49)
Zurique de Zwinglio, sem misericórdia, perseguiu os Anabatistas:
A perseguição dos Anabatistas começou em Zurique. As sanções prescritas pelo Conselho da cidade de Zurique foram “afogamento, queimadura ou decapitação”, de acordo com o que parecia aconselhável. “É nosso desejo”, proclamou o Conselho, “de que independentemente de onde forem encontrados, sozinhos ou em companhia, eles devem ser arrastados à morte, e nenhum deles deve ser poupado”. (Janssen, V, 153-157)
Também Brucer perseguia todos os católicos e suas famílias:
No seu Dialogo, de 1535, Bucer chamou os governantes a exterminar, a ferro e fogo, todos os que professavam falsa religião, e até suas esposas, filhos e gado. (Janssen, V, 367-368, 290-291)
Como vemos a inquisição protestante é largamente citada em vários livros não católicos, e até mesmo nos próprios escritos dos “reformadores”, onde eles mostram que não se deveria tolerar quem pregasse o contrário deles.
A inquisição protestante imensamente pior que a católica, por que a inquisição católica, julgava católicos batizados e que eram hereges e criminosos perturbadores da paz comum e estes eram primeiramente julgados, depois tinham suas penas aplicadas, já a inquisição protestante, sequer as pessoas eram julgadas, elas eram apenas condenadas e mortas sem qualquer direito a defesa.

OS HOLANDESES QUERIAM DEMOCRACIA NO BRASIL?

A aula de estória do Brasil proporcionada pelo Júlio Severo:
Uma democracia protestante no meio de um país católico sob a ditadura da Inquisição.
Mas ao contrário do resto do Brasil, onde tanto protestantes quanto judeus não tinham a mínima chance de escapar das torturas e fogueiras “santas” da Inquisição, no Nordeste holandês havia liberdade religiosa. Você tinha liberdade de ser católico, protestante ou judeu. Aliás, muitos judeus vieram da Europa para viver no Brasil holandês.
Eu, como nordestino, fiquei realmente chocado com esta aula de estória do senhor Júlio Severo. Se já não tivesse visto os diversos monumentos aqui no nordeste em homenagem aos mártires católicos que morreram nas mãos dos holandeses, poderia até acreditar em sua argumentação, pois dá a parecer que ele mesmo acredita no que fala. Também, me surpreendi com a noção de que a inquisição queimava protestantes e Judeus no Brasil, como que a inquisição julgava não católicos. Júlio Severo mal sabe que a inquisição só julgava católicos, era um tribunal para católicos e não para outras religiões. Fora que não há provas históricas de julgamentos relevantes da inquisição aqui no Brasil.
Um exemplo de “tolerância” dos holandeses no nordeste, ocorreu em 03 de outubro de 1645, no Massacre de Uruaçu, onde 28 católicos foram mortos por índios e soldados holandeses durante uma Missa por não quererem aceitar o calvinismo.
Monumento em homenagem aos mártires

O massacre foi liderado por Jacob Rabbi, alemão a serviço da Holanda que vivia com os índios Tapuias, em conjunto com Paraopeba, chefe indígena, convertido ao calvinismo e ocorreu durante a celebração da missa. Logo após a elevação da hóstia, soldados holandeses trancaram todas as portas da igreja, os índios potiguares e tapuias estavam esperando e depois que invadiram o local e mataram os presentes a missa. Foram praticados atos com requintes de crueldade. Alguns tiveram o direito a despedida. A sobrevivência dependia da conversão ao Calvinismo, fato rejeitado. Suas línguas foram arrancadas para que não fizessem orações católicas. Braços e pernas foram decepados, crianças partidas ao meio e muitos corpos degolados, porém todos oraram com muita fé até a morte.
O Padre Ambrósio Francisco Ferro na escultura com o cálice na mão foi muito torturado. Mateus Moreira teve seu coração arrancado pelas costas, e mesmo com todo o sofrimento ainda pronunciou “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Ninguém renegou a Deus e nem a Igreja, morreram com fé e fidelidade. Este foi um exemplo de tolerância holandesa no nordeste protestante que Júlio Severo nos trouxe, acho que os conceitos de tolerância não são lá aqueles tradicionais.  (Mais pode ser lido aqui)
Também aqui em Salvador Bahia, no mosteiro de São Bento temos vários mártires vitimas dos holandeses enterrados, que morreram quando os holandeses tentaram invadir a Bahia.

CONCLUSÃO

Bem, já me disseram que Júlio Severo era um “intelectual”, bem, não o conheço para dizer que não, mas por estes seus textos demonstravam uma imensa ignorância histórica e uma irracionalidade que não são característica de um “intelectual” até por que um intelectual não conhecendo um assunto, ele procura estudar e fornecer fontes históricas primárias e confiáveis para suas afirmações, coisa que o senhor Júlio Severo, passou as léguas de fazer.
Ao contrário do “intelectual” mostramos aqui dezenas de fontes, imparciais e até mesmo protestantes, para provar a realidade histórica e acabar com as lendas criadas sobre o tribunal mais justo da história.

PARA CITAR

RODRIGUES, Rafael. Refutando Júlio Severo, Parte II: A mentira sobre a Inquisição. Disponível