Milagre o Testemunho da Verdade

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Milagres de Lourdes

A ofensiva das críticas, calúnias e detração contra os milagres de Lourdes favoreceu o aparecimento de um órgão que tinha como encargo constatar, com todo rigor
científico, a autenticidade e a natureza dos milagres acontecidos em Massabielle.
Era a Comissão Médica de Lourdes, criada por Dom Laurence, Bispo
diocesano de Tarbes-Lourdes, em 28 de julho de 1858.
Anualmente, milhares de pessoas deixam suas casas e seguem até o Santuário, erguido em honra a Nossa Senhora para pedir graças, a cura de uma doença ou agradecer por ter conseguido superar uma enfermidade.
  
 Nesta reportagem especial você vai conhecer um pouco mais sobre o
Escritório Médico do Santuário de Lourdes que anualmente recebe 
dezenas de pessoas que se sentem curadas após sua peregrinação. 
Mas existem médicos que analisam minunciosamente cada 
caso antes de passá-lo adiante
Muitos acreditam que se operou um milagre em suas vidas, mas para a Igreja reconhecer que realmente houve a "assinatura de Deus" nesta cura, existe um longo e minuncioso processo.
Tudo começa no Escritório de Constatações Médicas, um organismo criado em 1880 que tem como principal objetivo, avaliar todos os casos que se apresentam como uma cura milagrosa.
Dr. Thales Gouveia Limeira é médico hematologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele é um dos muitos médicos espalhados pelo mundo inscritos no escritório de Lourdes e que recebe informações sobre os casos que são apresentados e que estão sendo avaliados.
Ele explica que se uma pessoa vai à Lourdes e "acha que obteve a cura de uma doença, ela se apresenta e relata o que aconteceu. Muitas vezes essa cura é uma coisa que não há como investigar como por exemplo: a cura de uma dor de cabeça tomando água da fonte de Lourdes".
Quando o escritório recebe uma pessoa que se diz curada de uma enfermidade graças a um milagre, imediatamente é emitido um aviso a todos os hotéis e pousadas de Lourdes, convocando os médicos que estão na cidade para comparecerem ao Bureau para conhecerem e examinarem a pessoa.
Lourdes da época.jpg
"Todos os médicos que estão em Lourdes são convidados, independente de sua convicção religiosa. A única coisa que se pede é que sejam honestos e atestem o que realmente viram. A pessoa fica à disposição e pode ser examinada, pode-se medir a pressão e fazer o exame de olho de fundo e ao final, o médico deve escrever o que realmente presenciou", explica Dr. Thales.
Passada esta primeira avaliação é necessário observar se a doença não apresenta uma recaída, ou seja, a cura tem que ser estável. Se os médicos decidirem pela continuação do processo, ele fica arquivado pelo período de um ano.
Durante este tempo, a pessoa tida como "curada", fica sob a observação de um médico designado pela comissão. Caberá a este especialista colher testemunhas e solicitar ao investigado, a realização ou não de novos exames para constatar se de fato, a cura é definitiva.
Apesar de todo este processo, esta ainda é considerada a fase mais fácil. Isso porque em se dando continuidade a investigação, a fase seguinte é mais criteriosa: a investigação canônica.
Dr. Thales explica que todo este processo que foi estudado até o momento, é encaminhado ao bispo da diocese onde o miraculado reside que vai instituir uma Comissão Canônica composta por alguns padres - muitos deles bem rigorosos - para se verificar a vida deste indivíduo. "Eles querem saber tudo, desde se a pessoa está procurando a auto-promoção como esta suposta cura, se a sua situação de família é estável, se sua vida familiar é correta, se a relação com os filhos, com a esposa, com os parentes funciona, muitas vezes, comparando o antes e o depois, se este indivíduo comparece a Missa, se ajuda os pobres, enfim, saber se aquela cura aconteceu num contexto em que se possa dizer que houve um milagre".
Calcula-se que anualmente cerca de três milhões de pessoas vão a Lourdes em peregrinação. Desde o início das aparições em 1858, 300 milhões de peregrinos foram até o Santuário sendo 20 milhões de doentes que passaram pelos nove hospitais especializados na cidade. No entanto, até agora, apenas 67 curas foram reconhecidas pela Igreja como milagrosas, embora duas mil tenham sido reconhecidas pelos médicos. Pode-se dizer que a cada dois anos, acontece um milagre em Lourdes.

Vejamos com detalhes um dos casos proclamados oficialmente pela Igreja: o de Jeanne Fretel, aqui.
Os demais milagres reconhecidos são:
»1. Sra. Catherine Latapie, apelidada Chouat, de Loubajac (França). Paralisia havia 18 meses. Por volta de 38 anos, no dia 01-03-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»2. Sr. Louis Bouriette, de Lourdes (França). Perda da vista havia 20 anos. 54 anos em março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
»3. Sra. Blaisette Cazenave, (nascida Soupène), de Lourdes (França). Oftalmia crônica havia 3 anos. Por volta de 50 anos, março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.
»4. Sr. Henri Busquet, de Nay (França). Adenite com úlcera havia 15 meses. Por volta de 15 anos, em 28-04-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»5. Sr. Justin Bouhort, de Lourdes (França). Atraso de desenvolvimento e consumição física. 2 anos em 06-07-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»6. Sra. Madeleine Rizan, de Nay (França). Hemiplegia do lado esquerdo havia 24 anos. 58 anos aproximadamente em 17-10-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»7. Srta. Marie Moreau, de Tartas (França). Perda da vista com lesões inflamatórias havia 10 meses. 17 anos aproximadamente em 09-11-1858. Tarbes, 18-01-1862.
»8. Sr. Pierre de Rudder, de Jabbeke (Bélgica). Fratura exposta da perna esquerda com seudo-artrose. 52 anos em 07-04-1875. Bruges (Bélgica) 25-07-1908.
»9. Srta. Joachime Dehant, de Gesves (Bélgica). Ulcera da perna direita com gangrena muito desenvolvida. 29 anos em 13-09-1878. Namur (Bélgica) 25-04-1908.
»10. Srta. Elisa Seisson, de Rognonas (França). Hipertrofia do coração com edemas nos membros inferiores. 27 anos em 29-08-1882. Aix-en-Provence 02-07-1912.
»11. Irmã Eugenia, (Marie Mabille), de Bernay (França). Abscesso com fístulas, flebite. 28 anos em 21-08-1883. Evreux 30-08-1908.
»12. Irmã Julienne, (Aline Bruyère), dLourdes, doentes rumo a Gruta.jpge La Roque (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 01-09-1889. Tulle 07-03-1912.
»13. Irmã Joséphine-Marie, (Anne Jourdain), de Goincourt (França). Tuberculose pulmonar. 36 anos em 21-08-1890. Beauvais 10-10-1908.
»14. Srta. Amélie Chagnon, (Religiosa do Sagrado Coração em 25-09-1894), de Poitiers (França). Osteoartrite tuberculosa no joelho e no pé. 17 anos em 21-08-1891. Tournai (Bélgica) 08-09-1910.
»15. Srta. Clémentine Trouvé, (Irmã Agnès-Marie), de Rouille (França). Osteoperiostite do pé direito com flebite. 14 anos em 21-08-1891. Paris 06-06-1908.
»16. Srta. Marie Lebranchu, (Sra. Wuiplier), de Paris (França). Tuberculose pulmonar. 35 anos em 20-08-1892. Paris 06-06-1908.
»17. Srta. Marie Lemarchand, (Sra. Authier), de Caen (França). Tuberculose pulmonar com úlceras no rosto e na perna. 18 anos em 21-08-1892. Paris 06-06-1908.
»18. Srta. Elise Lesage, de Bucquoy (França). Osteoartrite tuberculosa do joelho. 18 anos em 21-08-1892. Arras 04-02-1908.
»19. Irmã Maria da Apresentação, (Sylvanie Delporte), de Lille (França). Gastrenterite crônica tuberculosa. 46 anos em 29-08-1892. Cambrai 15-08-1908.
»20. Padre Cirette, de Beaumontel (França). Esclerose espinal. 46 anos em 31-08-1893. Evreux 11-02-1907.
»21. Srta. Aurélie Huprelle, de Saint-Martin-le-Noeud (França). Tuberculose pulmonar aguda. 26 anos em 21-08-1895. Beauvais 01-05-1908.
»22. Srta. Esther Brachmann, de Paris (França). Peritonite tuberculosa. 15 anos em 21-08-1896. Paris 06-06-1908.
»23. Srta. Jeanne Tulasne, de Tours (França). Mal de Pott lombar. 20 anos em 08-09-1897. Tours 27-10-1907.
»24. Srta. Clémentine Malot, de Gaudechart (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 21-08-1898. Beauvais 01-11-1908.
»25. Sra. Rose François, (nascida Labreuvoies), de Paris (França). Fleimão com fístulas no braço direito e enorme edema. 36 anos em 20-08-1899. Paris 06-06-1908.
»26. Padre Salvador, de Rouelle (França). Peritonite tuberculosa. 38 anos em 25-06-1900. Rennes 01-07-1908.
»27. Irmã Maximilien, (Religiosa da Esperança) de Marselha (França). Quisto no fígado e flebite na perna esquerda. 43 anos em 20-05-1901. Marselha 05-02-1908.
»28. Srta. Marie Savoye, de Cateau-Cambresis (França). Doença mitral reumática descompensada. 24 anos em 20-09-1901. Cambrai 15-08-1908.
»29. Sra. Johanna Bézenac, (nascida Dubos), de Saint-Laurent-des-Bâtons (França). Caquexia de origem desconhecida e impetigo. 28 anos em 08-08-1904. Périgueux 02-07-1908.
»30. Irmã Saint-Hilaire, (Lucie Jupin), de Peyreleau (França) Tumor abdominal. 39 anos em 20-08-1904. Rodez 10-05-1908.
»31. Irmã Sainte-Béatrix, (Rosalie Vildier), d'Evreux (França). Laringobronquite tuberculosa. 42 anos em 31-08-1904. Evreux 25-03-1908.
»32. Srta. Marie-Thérèse Noblet, d'Avenay (França). Mal de Pott. 15 anos em 31-08-1905. Reims 11-02-1908.
»33. Srta. Cécile Douville de Franssu, de Tournai (Bélgica). Peritonite tuberculosa. 19 anos em 21-09-1905. Versailles 08-12-1909.
»34. Srta. Antonia Moulin, de Vienne (França). Fistula no fêmur direito e artrite no joelho. 30 anos em 10-08-1907. Grenoble 06-11-1910.
»35. Srta. Marie Borel, de Mende (França). Seis fístulas nas regiões lombar e abdominal. 27 anos em 21/22-08-1907. Mende 04-06-1911.
»36. Srta. Virginie Haudebourg, de Lons-le-Saulnier Cistite tuberculosa e nefrite. 22 anos em 17-05-1908. Saint-Claude 25-11-1912. (França).
»37. Sra. Marie Biré, (nascida Lucas), de Sainte-Gemme-la-Plaine (França). Cegueira de origem cerebral e atrofia papilar bilateral. 41 anos em 05-08-1908. Luçon 30-07-1910. »38. Srta. Aimée Allope, de Vern (França). Numerosos abscessos tuberculosos, quatro dos quais com fístula. 37 anos em 28-05-1909. Angers 05-08-1910.
Anna Santaniello_.jpg
O mais recente milagre reconhecido  oficialmente pela Igreja é o de Anna 
Santaniello, o 67º da lista. Ela sofria de reumatismo articular agudo,  ou 
doença de Bouillaud,  de natureza cardíaca.

A Comissäo Médica Internacional de Lourdes (CMIL), composta por 
médicos de todas as crenças, analisou o caso durante décadas 
e concluiu näo haver explicaçäo científica para a cura.
»39. Srta. Juliette Orion, de Saint-Hilaire-de- Voust (França). Tuberculose pulmonar e da laringe. 24 anos em 22-07-1910. Luçon 18-10-1913.
»40. Sra. Marie Fabre, de Montredon (França). Enterite, dispepsia e prolapso uterino. 32 anos em 26-09-1911. Cahors 08-09-1912.
»41. Srta. Henriette Bressolles, de Nice (França). Mal de Pott, paraplégica. 28 anos aproximadamente em 03-07-1924. Nice 04-06-1957.
»42. Srta. Brosse Lydia, de Saint-Raphaël (França). Fistulas tuberculosas múltiplas. 41 anos em 11-10-1930. Coutances 05-08-1958.
»43. Irmã Marie-Marguerite, (Françoise Capitaine), de Rennes (França). Abscesso do rim esquerdo com edema e crises cardíacas. 64 anos em 22-01-1937. Rennes 20-05-1946.
»44. Srta. Louise Jamain, (Sra. Maître), de Paris (França). Tuberculose pulmonar, intestinal e peritoneal. 22 anos em 01-04-1937. Paris 14-12-1951.
»45. Sr. Francis Pascal, de Beaucaire (França). Cegueira e paralise dos membros inferiores. 3 anos 10 mois em 31-08-1938. Aix-en-Provence 31-05-1949.
»46. Srta. Gabrielle Clauzel, d'Oran (Algérie). Espondite reumatica. 49 anos em 15-08-1943. Oran (Algeria) 18-03-1948.
»47. Srta. Yvonne Fournier, de Limoges (França). Síndrome de Leriche. 22 anos em 19-08-1945. Paris 14-11-1959.
»48. Sra. Rose Martin, (nascida Perona), de Nice (França). Câncer no colo do útero. 46 anos em 03-07-1947. Nice 17-03-1958.
»49. Sra. Jeanne Gestas, (nascida Pelin), de Bègles (França). Perturbações dispépticas com acidentes pós-operatórios. 50 anos em 22-08-1947. Bordeaux 13-07-1952.
»50. Srta. Marie-Thérèse Canin, de Marseille (França). Mal de Pott e peritonite tuberculosa. 37 anos em 09-10-1947. Marselha 06-06-1952.
»51. Srta. Maddalena Carini, de San Remo (Itália). Peritonite tuberculose, tuberculose pleural, pulmonar e óssea com artrite coronária. 31 anos em 15-08-1948. Milão (Itália) 02-06-1960.
»52. Srta. Jeanne Frétel, de Rennes (França). Péritonite tuberculosa. 34 anos em 08-10-1948. Rennes 20-11-1950.
»53. Srta. Théa Angele, (Irmã Maria-Mercedes), de Tettnang (Alemanha). Esclerose em placas havia seis anos. 20 anos em 20-05-1950. Tarbes-Lourdes 28-06-1961.
»54. Sr. Evasio Ganora, de Casale (Itália). Doença de Hodgkin. 37 anos em 02-06-1950. Casale (Itália) 31-05-1955.
»55. Srta. Edeltraud Fulda, (Sra. Haidinger), de Viena (Áustria). Doença de Addison. 34 anos em 12-08-1950. Viena (Áustria) 18-05-1955.
»56. Sr. Paul Pellegrin, de Toulon (França). Fístula pós-operatória de um abscesso do fígado. 52 anos em 03-10-1950. Fréjus-Toulon 08-12-1953.
»57. Irmão Léo Schwager, de Friburgo (Suíça). Esclerose em placas havia cinco anos. 28 anos em 30-04-1952. Genebra (Lausanne) Friburgo (Suíça). 18-12-1960.
»58. Sra. Alice Couteault, (nascida Gourdon), de Bouille-Loretz (França). Esclerose em placas havia três anos. 34 anos em 15-05-1952. Poitiers 16-07-1956.
»59. Srta. Marie Bigot, de La Richardais (França). Cegueira, surdez e hemiplegia. 31 anos em 08-10-1953 e 32 anos em 10-10-1954. Rennes 15-08-1956.
»60. Sra. Ginette Nouvel, (nascida Fabre), de Carmaux (França). Doença de Budd-Chiari. 26 anos em 21-09-1954. Albi 31-05-1963.
»61. Srta. Elisa Aloi, (Sra. Varacalli), de Patti (Itália). Tuberculose osteoarticular com fístulas múltiplas. 27 anos em 05-06-1958. Messina (Itália) 26-05-1965.
»62. Srta. Juliette Tamburini, de Marselha (França). Osteoperiostite femoral com fístula havia 10 anos. 22 anos em 17-07-1959. Marselha 11-05-1965.
»63. Sr. Vittorio Micheli, de Scurelle (Itália). Sarcoma do quadril. 23 anos em 01-06-1963. Trento 26-05-1976.
»64. Sr. Serge Perrin, de Lion d'Angers (França). Hemiplegia direita com lesões oculares, perturbações circulatórias. 41 anos em 01-05-1970. Angers 17-06-1978.
»65. Srta. Delizia Cirolli, (Sra. Costa), de Paternò (Itália). Sarcoma de Ewing no joelho esquerdo. 12 anos em 24-12-1976. Catania (Itália) 28-06-1989.
»66. Sr. Jean-Pierre Bély, de La Couronne (França). Esclerose em placas. 51 anos em 09-10-1987. Angoulême 9-02-1999.
»67. Srta. Anna Santaniello, Salerno (Itália) Descompensação cardíaca resultante de reumatismo articular agudo 41 anos em 19-08-1952 Salerno (Itália) 21-09-2005 .

Serge François era capenga, depois do milagre caminhou até Compostela (1570 Kms)
Em 12 de abril de 2002, Serge François estava sem dinheiro falando num orelhão de Lourdes para contar a sua mulher o que tinha acontecido. “Aconteceu alguma coisa, você vai ver”, insistia.

A linha caiu por falta de moeda. No outro extremo da linha, Marie-Thérèse ficou na dúvida.

Mas, no dia seguinte, na estação ferroviária de Angers, quando ela viu o marido descer do trem caminhando junto com os romeiros da peregrinação diocesana compreendeu que ele estava curado.



Serge François, 56, como conseqüência de complicações cirúrgicas (fibrose pós-operatória) derivadas de duas cirurgias tinha uma hérnia de disco que lhe fez perder parcialmente o uso de sua perna esquerda.

Serge Francois movia-se com grande dificuldade. Só uma injeção subcutânea de uma mistura a base de morfina lhe permitia aliviar um pouco a dor que era constante.

Serge François, 56, pelo telefone a mulher não acreditou
Mas, diante da gruta de Lourdes, o 12 de abril de 2002, sua vida mudou.

Em ação de graças, ele percorreu a pé, como se fazia na Idade Média, o Caminho de Santiago até Compostela, Espanha, na sua totalidade. Quer dizer 1.570 km feitos por aquele que mal conseguia se locomover!

No domingo 27 de março deste ano, no Santuário de Notre-Dame-des-Gardes, o bispo de Angers, D. Emmanuel Delmas, aliás também formado em medicina, reconheceu de “modo público” a cura notável de que foi objeto Serge Francois .

O prelado afirmou: “Esta recuperação pode ser considerada um dom pessoal de Deus ao homem, como um evento de graça, como um sinal de Cristo Salvador. Isso ocorreu durante uma peregrinação a Lourdes, quando Serge François, depois de rezar em frente da gruta de ter ido às fontes para beber e lavar o rosto, estava saindo da área do santuário. Podemos ver nesta cura um favor especial da Virgem Maria para este homem”.

Desta maneira, o caso de Serge Francois é o sexagésimo oitavo milagre de Lourdes reconhecido canonicamente pela Igreja.


Desde as aparições da Nossa Senhora em Lourdes em 1858 a medicina, após longos e pormenorizados estudos de duas comissões independentes de médicos reconheceu mais de 7.000 casos de curas inexplicáveis desde o ponto de vista dos conhecimentos atuais da ciência.

Jean-Pierre Bel, 66º milagre reconhecido pela Igreja

Menos de 1% desses casos foi objeto de uma declaração canônica reconhecendo-as como “milagrosas”. Só o bispo da diocese onde mora o miraculado, pode fazê-la.

Cada ano são registrados quarenta casos de milagres em Lourdes. Trata-se dos casos em que os beneficiados podem apresentar a massa de documentos exigidos para o julgamento das comissões médicas.

Serge François construiu em seu jardim uma reprodução da Gruta de Lourdes.

Ele conta com paixão como passou no momento de sua cura. Depois de rezar diante da Gruta e beber a água nas torneiras que ficam junto à gruta, ele sentiu uma “dor aguda”. Então, conta ele, “minha perna que me fez sofrer tanto e que estava sempre fria, começou a reaquecer.”

Por escrúpulo, ele acha que “ter sido ele escolhido é injusto, quando os outros sofrem”. Mas, é Nossa Senhora que dispõe, como uma rainha soberana, a quem dispensar gratuitamente suas graças.

Anna Santaniello, 67º milagre reconhecido pela Igreja

Serge François também lembra os severos exames da comissão analisadora do milagre agora reconhecido. “Eles tentaram me pegar de todos os ângulos”, conta Serge.

Mas, os médicos tiveram que constatar objetivamente uma mudança inexplicável entre a situação de Serge antes e depois de Lourdes.

Depois foi o trabalho de convencer o bispo de Angers, diocese de residência de Serge François.

“Para mim”, diz o bispo Delmas, “não há dúvida. Se eu falo da natureza extraordinária de cura, apontando claramente que a origem está fora do alcance de todos nós, é porque eu respeito aquilo que aconteceu e que nos supera totalmente”.

»69. Milagre 

O presidente do Comitê Médico deLourdes, dr. Alessandro De Franciscis, anunciou que o bispo da diocese italiana de Pavia, dom Giovanni Giudici, reconheceu como "milagrosa" a cura da sra. Danila Castelli, moradora da cidade de Bereguardo. É a 69ª cura reconhecida oficialmente por um bispo católico como "milagrosa", ou seja, "cientificamente inexplicável".
Nascida em janeiro de 1946, Danila Castelli começou a sofrer de hipertensão aos 34 anos, mas os exames médicos não conseguiram encontrar a causa.
Em 1982, uma série de raios-X e ecografias revelaram uma massa para-uterina e um útero fibromatoso. A conselho do marido, médico de origem iraniana, ela retirou os ovários e o útero. Em novembro do mesmo ano, Danila foi submetida a uma remoção parcial do pâncreas.
O sofrimento da mulher continuou no ano seguinte, quando, em novembro, novos exames revelaram a presença de um tumor que provocava catecolaminas na região retal, na bexiga e na vagina. Os novos procedimentos cirúrgicos não conseguiram melhorar as suas condições.
Em maio de 1989, Danila fez uma peregrinação a Lourdes junto com o marido, pensando que seria a última viagem da sua vida.
Ao sair das piscinas do santuário, ela percebeu uma sensação extraordinária de bem-estar. O próprio marido, que estava esperando a sua vez, notou que ela estava melhor. Depois disso, Danila não voltou a apresentar crises graves de hipertensão e pôde interromper todos os tratamentos, recuperando-se completamente.
Danila se apresentou várias vezes ao Comitê Médico de Lourdes para testemunhar a sua cura. Em setembro de 2010, o Bureau des Constatations Médicales de Lourdes confirmou definitivamente e por unanimidade de votos a sua recuperação, com apenas uma abstenção, e divulgou a seguinte declaração: "A sra. Danila Castelli está curada de modo completo e duradouro desde a data de sua peregrinação a Lourdes em 1989, ou seja, há 21 anos, da síndrome da qual sofria, sem que haja qualquer relação entre a cura e as intervenções e tratamentos realizados". Desde então, acrescentou o dr. De Franciscis, “ela vem levando uma vida completamente normal”.
Em sua reunião de 19 de novembro de 2011, em Paris, o Comitê Médico Internacional de Lourdes certificou que "esta recuperação continua inexplicada no atual estágio do conhecimento científico".
Em fevereiro de 2012, o então bispo de Tarbes-Lourdes, dom Jacques Perrier, enviou o seu relatório ao bispo de Pavia, a diocese em que vive Danila Castelli.
O decreto, assinado recentemente por mons. Giovanni Giudici, proclama o caráter "prodigioso-milagroso" e "simbólico" da cura, semelhante aos sinais realizados por Jesus no evangelho.
"Esse decreto é uma grande oportunidade para reencontrar o frescor da alegria de viver com o Senhor. É a reproposição de um caminho, e acontece, como sempre, no momento perfeito, porque perfeitos são os tempos de Deus", declarou Danila Castelli ao informativo semanal Il Ticino, da diocese de Pavia.

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