Milagre o Testemunho da Verdade

quarta-feira, 30 de julho de 2014

PROSELITISMO: "NÃO CHOCAR, MAS CONVENCER LENTAMENTE"

Meu nome é Carlos Martins Nabeto, nasci em 13 de janeiro de 1969, na cidade de São Vicente/SP (Brasil) e fui criado dentro dos valores familiares do Catolicismo.

Apesar disso, não posso afirmar que sempre fui um fiel católico... Ainda que frequentasse as missas dominicais, até os 20 anos ainda não a conhecia profundamente.


Foi então que Deus quis que eu passasse a namorar uma protestante... pentecostal, da Assembléia de Deus ainda por cima! Como na parábola do semeador, a sementinha católica havia caído sobre pedras e não conseguiu criar raízes... E a família dessa minha namorada também era protestante - exceto seus pais - e começaram a fazer todas aquelas perguntas que muitos católicos não sabem responder: imagens, virgindade e filhos de Maria, purgatório, etc...

Devo confessar publicamente que, a princípio fiquei muito confuso. Tão confuso que cheguei a frequentar a igreja dela por quase um ano inteiro!

Mas, como diz o ditado popular, Deus escreve certo em linhas tortas. Foi necessário eu desviar do verdadeiro caminho para que, tal como o filho pródigo, descobrisse quão errado estava e retornasse para a casa do Pai.

No entanto, esse retorno não foi tão fácil... Ouvi naquela igreja protestante muita coisa que desabonava a Igreja Católica. Mas, com o tempo, algo me chamou a atenção: a grande preocupação com a Igreja Católica!

Ora, alguém poderia objetar, nada mais comum que uma igreja protestante defenda seus fiéis dos "erros" da Igreja Católica. Ocorre que a forma usada por eles era muito estranha, senão vejamos:

Os "erros" cometidos pela Igreja Católica não eram abordados de forma direta, mas através de indiretas. Por exemplo, para demonstrarem que as imagens não representavam nada para eles, diziam algo como: "Vejam como nossa igreja ficou bela após a reforma! E não foi necessário pendurar um monte de imagens nas paredes". Se você é contra as imagens deveria falar abertamente, ainda mais se você está num meio onde ninguém usa imagens, correto? Errado!! A intenção é outra: o proselitismo. Quem é protestante está convencido que não deve usar estátuas, mas quem ainda não é, vai aceitando essa idéia aos poucos. Essa estratégia até lembra um pouco o movimento de Nova Era: não chocar, mas convencer lentamente.

A frequência dos "ataques indiretos" à Igreja Católica 

Apesar de não serem diretos na maioria das vezes, os ataques às práticas católicas eram frequentes: toda a semana! Em todo culto, durante a pregação, sempre havia alguma coisa para notar. Parecia mais que eu errara de endereço: ao invés de entrar numa igreja, entrara numa reunião anti-católica. Quem conhece um pouco de psicologia sabe muito bem que isso leva ao que se chama de "lavagem cerebral". Goebbels, ministro da propaganda nazista, dizia que "a mentira repetida pode se tornar verdade". Creio que ele até tenha razão, caso contrário, como explicar a matança de 6 milhões de judeus pelos nazistas e tanta determinação em preservar o III Reich durante a II Guerra Mundial?

A unilateralidade dos protestantes

Certamente foi o fato que mais me chamou a atenção. Eles estão interessados em convertê-lo para a igreja deles. Para isso, quando encontram um católico, fazem um monte de perguntas, mas não querem escutar a resposta até o fim. Quando veem que a resposta começa a ter certo fundamento, colocam uma outra, sem deixar terminar a primeira e, ao final, não ouviram nenhuma delas. Outras vezes, acabam se reunindo ao seu redor, atirando perguntas de todos os lados, tirando a sua concentração, e não deixando você chegar até o fim.

Assim, com o tempo, começou a haver um conflito de doutrinas dentro de mim. Reconheço que ia somente às missas dominicais e não conhecia bem a doutrina, mas isso foi o suficiente para criar tal clima de confusão...

Então comecei a fazer algo que poucas pessoas fazem: estudar! Comecei a pesar o que os protestantes falavam e o que a Igreja Católica fazia ou ensinava. E que surpresa! Descobri que, além deles não conhecerem profundamente a religião deles, conhecem muito menos o Catolicismo! E tive a confirmação disso depois que comecei a acessar a Internet. Descobri alguns fatos curiosos: enquanto as igrejas protestantes ganham maior número de fiéis, a Igreja Católica ganha fiéis de maior qualidade, que conhecem a doutrina e a praticam conscientes! É comum ouvir algum protestante dizer: "Fulano, que era católico, virou evangélico", mas nunca dizem: "Beltrano, que era evangélico, virou católico". No máximo, dizem: "Betrano está desviado". Meu Deus, que orgulho tolo! Esquecem do que São João ensinou: "Aquele que afirma que não tem pecado, é um mentiroso!". Querem dar a entender que a igrejinha deles é santa e a dos outros é pecadora! É interessante consultar alguns Sites na Internet que trazem testemunhos de ex-evangélicos que passaram a defender a Igreja Católica. Por outro lado, também existem católicos - inclusive ex-padres - que passaram para o outro lado. Mas tente comparar os testemunhos e as apologias que escrevem. A diferença de qualidade é inegável para o Catolicismo.

É importante dizer que, além de ter retornado para a Igreja Católica, me casei com essa namorada protestante, que acabou se convertendo ao Catolicismo. É uma pena que os parentes dela, apesar de fazerem perguntas, não queiram ouvir as respostas, mas isso deixamos nas mãos de Deus.


O objetivo desta página na Internet é compartilhar meus conhecimentos com todos, inclusive protestantes sinceros. Creio que poderemos aumentar nossos conhecimentos.



Biografia

Carlos Martins Nabeto, casado e pai de dois filhos, nasceu em 1969, em São Vicente-SP, vindo de uma família de classe média: o pai comerciante e a mãe dona de casa.

Graduado e pós-graduado em Ciência da Computação pela Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes (UNICEB); graduado em Direito pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) e pós-graduado em Direito Processual Matrimonial Canônico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Trabalha como Analista de Sistemas, Professor Universitário e Advogado.

Desde 1988 dedica-se ao estudo da Fé Cristã, tendo retornado conscientemente ao seio da Igreja Católica em 1991. Fundador, em 1997, do premiado site Agnus Dei, pioneiro na defesa da fé católica na Internet, fundou em 2002, juntamente com Alessandro Ricardo Limao apostolado católico Veritatis Splendor, onde publicou até 2010 artigos e traduções referentes ao Cristianismo Primitivo, Direito Canônico e à defesa da Fé Católica nas questões mais difíceis. Em 2007, fundou ainda o site COCP-Central do Obras do Cristianismo Primitivo visando centralizar e disponibilizar ao grande público a íntegra de escritos do Período Patrístico.

TESTEMUNHO DE RONDINELLY ROSA RIBEIRO


Meu nome é Rondinelly Rosa Ribeiro, sou ludoviscense, nascido em 07/07/1977. Tenho dois irmãos, minha mãe e meu pai são separados desde 1997, ela funcionária pública federal aposentada e ele aposentado pela Nestlé.

Sempre fui "católico", mas até 1999 somente ia às missas em épocas “festivas”. Lembro que cheguei a ficar três anos sem ir a missa alguma. Quando ia, até que gostava da celebração, mas não entendia nada do que se passava, não gostava do “senta-levanta” e achava suas músicas muito mal cantadas. Até que um fato mudou minha forma de ver o mundo católico. Após namorar por quatro anos, fiquei solteiro novamente e não demorou muito comecei a namorar uma garota evangélica, da igreja Sara Nossa Terra.

Ela não era muito compromissada com a igreja, daquelas protestantes “fanáticas”, mas era fiel aos cultos e queria que eu fosse junto. E eu ia, sem problema algum. E os cultos eram muito bons, apesar de nunca ter lido a Bíblia, somente folheado, conseguia entender um pouco do que falava o pastor. Lembro que ele certa vez pregou sobre a passagem que diz “tudo coopera para o bem dos que amam a Deus”.

Foi uma homilia muito boa, o povo levantando as mãos, as músicas que eles cantavam eram muito bonitas, a igreja era formada basicamente por jovens. Ela começou a se interessar mais pela igreja, e disse que ia entrar em uma “célula”, um modelo organizacional. Como eu não tinha ideia do que fosse isto, não fiz objeção nenhuma. Este foi o meu primeiro encontro com o protestantismo. Logo depois, dois meses de namoro, acabamos o relacionamento, por motivos outros... Mas não acabou por aí. Logo, logo comecei a namorar outra garota, evangélica. Felizmente, o namoro não durou muito, pouco mais de 1 mês.

Então busquei um novo relacionamento. Encontrei uma garota que iria, de fato, alterar minha relação com Deus. Alguma coisa Deus preparava para mim neste namoro. Ela era batista, fundamentalista! Cultos quase todos os dias, e aos domingos sem falta, leitura da bíblia em casa, estudo bíblico na igreja, visitar amigos da igreja, ir em shows... de grupos da igreja, encontros... da igreja. E assim por diante.

Desde o começo ela começou a me questionar sobre a doutrina católica. Começou pelas imagens, depois passou para o papado, nossa Senhora, cânon da Bíblia, santos, moral católica. Confesso que ainda era extremamente ignorante sobre a doutrina católica. Não conseguia, nem podia, defender a Igreja. Comecei ficar convencido do que ela falava, a pensar que era abominação possuir imagens, etc. Frequentei os cultos todos os domingos, ia à igreja de manhã cedo para uma oração que faziam, fui a um encontro nacional das igrejas assembléias de Deus. Aprendi a levar a Bíblia para o culto. Ela se alegrava comigo, com a minha evolução. Com o passar do tempo, comecei a pensar em uma possível conversão, um possível batismo "nas águas", pois pensava que a verdadeira igreja possuía o estilo que eu via na igreja dela. Estudavam muito a Bíblia, falavam sempre dela, tudo girava em torno da Bíblia, a Palavra de Deus. Ela sempre falava como se a moral protestante fosse seguida por todos os seus membros, enquanto que a moral católica é que seguia o que seus membros praticavam.

SENTIMENTO MATERNAL
Entretanto eu via a minha mãe um tanto insatisfeita com minha atitude de ir todos os domingos a um culto protestante, e não à missa com ela. Isso ficava me impedindo de tomar uma decisão imediata pela conversão, pois sabia que a minha mãe, muito católica e devota de nossa Senhora, iria se entristecer muito com minha atitude. Fiquei, então, perguntando à minha namorada se eu poderia ser salvo se permanecesse na igreja católica e coisas desse tipo. Ela me respondia que a salvação é individual, mas é bom que estejamos na igreja certa. Muito bem, disse eu, será que a igreja dela é a igreja certa? Comecei a me interessar por “esse negócio de igreja”.

Comecei a ler a Bíblia todos os dias, partindo de Mateus. Nunca havia feito tal coisa, e toda noite, à luz de abajur, lia alguns capítulos. Era tão inexperiente que lia e não grifava nada, somente lia, parecido com um livro de histórias. Mas depois percebi a importância da leitura e comecei a grifar o que achava importante, e o que eu tinha dúvidas sobre doutrina, por exemplo: eu grifava Ex 20,4 e também Ex 25,18 e marcava um ponto de interrogação.E assim fui caminhando nos estudos. Comecei a ir à missa, para constatar se a Igreja Católica era errada de fato. Depois de anos, fui à missa por um mês seguido. Não deixei de ir aos cultos com minha namorada, mas a mentalidade e o conhecimento já era outro. Ia às missas pela manhã e aos cultos à noite. Comprei alguns livros católicos, sobre doutrina católica. Lembro que o primeiro livro que me chamou a atenção foi o livro “Perguntas e Respostas sobre a Fé” do padre Alberto Gambarini. Lá eu pude ver as respostas sobre as imagens, sobre Maria, sobre a Bíblia, sobre o papa, sobre a Igreja, etc. mesmo sendo muito pouco, aquele livro me incentivou a descobrir mais sobre as respostas da igreja ao que escutava na igreja protestante.

Começei a conhecer pessoas, me enturmar na igreja, fui convidado a fazer parte de um grupo de oração. E vi que existiam católicos tão fervorosos quanto os protestantes do outro lado. Sendo que os protestantes haviam-me dito que tais católicos não existiam. Comecei a refutar as acusações da minha namorada sobre o que antes eu não sabia responder. Sobre Maria e sobre o Papa, por exemplo. Ela, logo percebi, não tinha muitas respostas. Ela, então, elaborou uma carta, refutando muitas doutrinas católicas, como o batismo de crianças, Maria, o Papa e as imagens. Eram sete páginas. Li tudo e disse pra mim mesmo que iria responder a esta carta. Foi a minha primeira pesquisa para refutar uma acusação protestante. Comprei outros livros de doutrina e comecei a ler sobre a minha possível resposta. Então fui convidado a fazer parte de um retiro espiritual, num mosteiro beneditino. Lá tive o primeiro contato com a espiritualidade da Renovação Carismática Católica. Eu fui batizado no Espírito Santo e repousei no Espírito neste evento. Foi uma descoberta de Deus muito grande para mim, o que me incentivou a ter o conhecimento necessário para, de fato, revelar que a Igreja Católica não poderia ser falsa, mas sim a única verdadeira. Neste retiro um irmão em Cristo me esclareceu muita coisa sobre a doutrina, e tinha agora boas fontes para responder à carta da minha namorada.

Elaborei uma resposta de doze páginas e entreguei em mãos. Não sei o que ela fez deste documento, mas a semente com certeza foi plantada, somente restaria conhecer a terra.

Não deixei de ir aos cultos, mas eu já debatia com ela de igual pra igual. Às vezes deixávamos de “namorar” para debater sobre Maria e sobre a Igreja Católica. Eu ia aos cultos e ficava escutando todas as acusações infundadas sobre a Igreja, e como já sabia responder a elas, depois dos cultos debatíamos de novo.

Então o namoro começou a esfriar. Comecei a me desinteressar pelos cultos, e comecei a tentar “converter” minha namorada. Ela concordou comigo sobre a possibilidade de as imagens serem feitas sem que as adorem, e concordou comigo também que a igreja dela ensinava o que era errado. Eu a pedia para rever sua escolha, mas ela preferiu as amizades firmes que fizera na igreja à sã doutrina da igreja católica. O namoro então acabou aí, após quase 6 meses.

Estava livre para retornar e me dedicar somente à igreja católica. Passei uns dez meses na igreja protestante, não fui “batizado nas águas”, graças a Deus, apesar de flertar com esta possibilidade. Mas Deus me trouxe de volta à Igreja fundada por seu Filho. Alguns protestantes dizem que eu não fui de fato um membro da igreja protestante. Que seja, não faço questão alguma de ser considerado "ex-protestante", mas não nego que em um dado momento estive alienado por esta doutrina que, apesar de apaixonante, é fruto de tradições meramente humanas.

Desde então me interesso pela apologia do catolicismo. Já debati com muitos protestantes sobre doutrina, e cada vez estudo mais sobre ela. Faço pesquisas constantes para me manter atualizado sobre os assuntos que abordamos nos textos e debates, pois como não possuo formação teológica, procuro compensar esta deficiência com pesquisas aprofundadas sobre todos os temas possíveis. Não sou um católico espiritualista, contemplativo, de oração com joelho no chão todos os dias, rezando sempre o terço, etc., muito pelo contrário, sou o pior dos pecadores. Minha tendência, pelo menos atualmente, é de estudar a doutrina da igreja, em paralelo à minha vida profissional, pois sou estudante de medicina em término do curso de graduação (formatura em janeiro de 2004).

Espero que todos também se interessem pela sã doutrina e que percebam que somente há uma fé e um só Senhor. Abraços a todos. Rondinelly Ribeiro.

Autor: Rondinelly Ribeiro
Fonte: Livro "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos!" de Jaime Francisco de Moura - 5.ª Edição - Editora ComDeus

DECADÊNCIA DAS IGREJAS PROTESTANTES

Luta livre em igrejas evangélicas como método de crescimento de igreja, embora nos choque, é a conclusão lógica da teologia pragmática que sustenta o movimento de crescimento das igrejas, que, se pensava, estivesse defunto, mas eis que ressurge pelas pesadas portas abertas das igrejas emergentes. Nessa visão, vale-tudo para encher as igrejas. E aquelas que não estão dispostas a encher seus salões a qualquer preço, são vistas como retrógradas, sem o Espírito Santo, fechadas, etc.

Rev. Algustus Nicodemus, Ph.D. Teólogo Presbiteriano Brasileiro (1). 

Por causa da diminuição na assistência, muitas igrejas mudaram de estratégia. Algumas afirmam que “não julgam ninguém”, dando a entender que Deus aceita todo tipo de conduta. Em vez de ensinar a palavra de Deus, cada vez mais igrejas oferecem diversão, emoção e atrações que nada têm a ver com a Igreja de Cristo e com o seu Evangelho. Embora alguns dos que frequentam as igrejas considerem essas mudanças como necessárias adaptações ás realidades do mundo moderno, muitas pessoas sinceras ficam pesando que as igrejas não estão se afastando da missão dada por Jesus.

“O movimento evangélico na América Latina divide-se em inúmeras igrejas”, diz o pesquisador Duncan Green em seu livro Faces of Latin América (Aspectos da América Latina). “Frequentemente, essas igrejas giram em torno de um único pastor. Em geral, quando uma delas cresce, dividem-se em pequenas novas igrejas.” Sempre o cisma é marcada por contendas, inveja, heresias e poder econômico. Essa prática é conhecida como “ESCÂNDALO DA DIVISÃO”.

A CRISE NA EUROPA

Por mais de 1.600 anos, quase toda a Europa foi dominada por governos que se diziam cristãos. Será que a religião na Europa está prosperando neste século 21? Em 2002, o sociólogo Steve Bruce, em seu livro God is Dead - Secularization in the West (Deus Está morto no Ocidente), comentou o seguinte sobre a Grã-Bretanha: “No século XIX, praticamente todos os casamentos realizados com cerimônia religiosa.” No entanto, por volta de 1971, apenas 60% dos casamentos ingleses eram assim. Em 2000, esse número caiu para meros 31%.

Mencionando essa tendência, o correspondente de religião para o jornal londrino The Daily Telegraph escreveu: “Todas as principais denominações, desde a Igreja Anglicana e a Igreja Católica, até a Igreja Metodista e a Igreja Reformada Unida, estão passando por um longo período de declínio”. Sobre um relatório ele disse: “É muito provável que até 2040 as igrejas da Grã-Bretanha estejam quase extintas, com apenas 2% da população assistindo aos ofícios de domingo.” O mesmo tem sido dito a respeito das igrejas da Holanda e de outros países na Europa. “Nas ultimas décadas nosso país parece ter ficado definitivamente mais separado da religião”, observou um relatório do Escritório Holandês de Planejamento Social e Cultural. “Estima-se que por volta de 2020, 72% da população não estará filiada a religião nenhuma.” Uma fonte noticiosa da Alemanha diz: “Um número cada vez maior de alemães procura na feitiçaria e no ocultismo o ânimo que antes encontravam na igreja, no trabalho e na família....Por todo o país, há igrejas que acabam fechando por falta de adeptos.” A Nova Era e as seitas tem causado um estrago danado em muitas denominações históricas protestantes como também na Igreja Católica e Ortodoxa.

ESTADOS UNIDOS

Nos Estados Unidos as pessoas levam a sério os assuntos da fé. De acordo com algumas das principais agências de pesquisa de opinião, pelo menos 40% das pessoas que entrevistaram afirmam que vão à igreja toda semana, embora os números reais indiquem que, na verdade esse percentual esteja mais perto dos 20%. Mais de 60% diz acreditar que a Bíblia é a Palavra de Deus. No entanto, seu entusiasmo por uma religião pode durar pouco. Muitos que freqüentam igrejas nos Estados Unidos mudam facilmente de religião. Se um pregador perder a popularidade ou o carisma, logo ele pode muito bem perder sua congregação, o que muitas vezes significa também perder um lucro significativo. Algumas igrejas estudam técnicas comerciais para aprender a “comercializar” da melhor maneira os seus ofícios religiosos. Há congregações que pagam milhares de dólares a firmas que prestam consultoria a igrejas. De acordo com uma reportagem sobre essas firmas, um pastor satisfeito com o serviço disse: “Foi um ótimo investimento”. 

Não admira que a “teologia da prosperidade” seja uma prática constante em muitas igrejas e ministérios. Ela é hoje considerada a mais terrível heresia no protestantismo. Os religiosos aprendem que se contribuírem generosamente para a sua igreja ficarão ricos e saudáveis. Quanto à moral, Deus muitas vezes é apresentado como tolerante. Tem-se comentado que: “As igrejas americanas cuidam do bem-estar das pessoas em vez de julgá-las.” Religiões populares costumam usar sugestões de auto-ajuda para auxiliar a pessoa a ser bem-sucedida. Cada vez mais pessoas se sentem bem em igrejas que não pertencem a uma denominação específica, cujas doutrinas, consideradas motivo de divisão, quase nunca são mencionadas. No entanto, fala-se de modo aberto e especifico sobre política, o que ultimamente tem dado origem a alguns episódios embaraçosos para alguns pastores. Será que está havendo um reavivamento religioso na América do Norte? Em 2005, a revista Newsweek fez uma reportagem sobre a popularidade de “ofícios religiosos com gritos, desmaios, pés batendo no chão” e outras práticas religiosas. Mas ela destacou: “Seja o que for, não se trata de um grande aumento no numero de pessoas indo á igreja.” Quando se pergunta ás pessoas qual é a sua religião, a resposta mais comum é: “Nenhuma”. Se algumas congregações aumentam, isso acontece porque outras estão diminuindo. A evidência mostra que as pessoas estão abandonando aos milhares religiões convencionais, com suas cerimônias, enormes templos, música de órgão, conjuntos musicais, teatros e clérigos vestidos a rigor. Há muitas pesquisas e estudos que mostram que as igrejas estão sofrendo uma fragmentação na América Latina, perdendo adeptos na Europa e mantendo o apoio nos Estados Unidos por oferecer entretenimento, espetáculo e emoção. É claro que há muitas exceções a essas tendências, mas o quadro é o de igrejas lutando para manter o poder e o show. 

EVANGELHO DILUÍDO

René Padilha, teólogo equatoriano radicado na Argentina e porta-voz da missão integral, chamam de problema fundamental das igrejas a ênfase exagerada no crescimento numérico. “Em nome dele, o evangelho é diluído, os cultos são transformados em entretenimento e o mandamento de Jesus sobre fazer discípulos é substituído por uma estratégia de alistar o maior numero possível de ‘convertidos’ ás fileiras das instituições religiosas.” Em suas viagens, Padilha tem visto “um numero enorme de megaigrejas com altas taxas de crescimento numérico, mas com baixo grau de preocupação com a com a fidelidade ao evangelho completo e ás dimensões éticas do discipulado na vida com um todo” (2). Dá para perceber que o evangelho integral verdadeiro não faz parte dessas igrejas. 

CONCLUSÃO

Nosso mundo é dividido, subdividido e fragmentado, a ponto de podermos considerá-lo estilhaçado. Nossas diferentes línguas, nacionalidades e religiões têm recortado a raça humana e, até mesmo, o Corpo de Cristo, em centenas de milhares de partes. A razão principal de tantas divisões e de tanta fragmentação é uma só: o orgulho. Sim, como ocorreu com os construtores da Torre de Babel, nós, os seres humanos, continuam querendo o maior destaque possível, para vermos nosso nome elevado nas alturas (Gn 11,4). Continuamente nós buscamos ser melhores que os outros, e procuramos mostrar superioridade, prestigio e poder; ou seja, só desenvolvemos atitudes que causam divisão. Em meio a isso, as pessoas, se vangloriam de serem justas, mas, no fundo, menosprezam os outros (Lc 18,9). Para Santo Tomás de Aquino o orgulho é a raiz de todo o pecado. Esse pecado passa para a família doméstica, religiosa e social. E o dano é catastrófico. Entretanto, o orgulho do mundo sofreu um tremendo revés com a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos trouxe uma mensagem totalmente inovadora: a mensagem do amor. Ele, ao morrer por nós, no Calvário, elevou Seu nome acima de todos os nomes, e mostrou que não há maior reconhecimento no céu, para uma pessoa, que ama própria cruz. Através do precioso sangue escorrido de Seu corpo crucificado, Jesus mostrou que a vida dos seres humanos deve ser voltada para a partilha. E partilha envolve amor e humildade. Muito amor e muita humildade! Muita comunhão! Jesus veio para reconciliar “todas as criaturas” (Cl 1,20) e destruir a inimizade que separa as pessoas (Ef 2,14). E isso Ele fez, dando Sua própria vida. Ou seja, demonstrando que, ao nos negarmos a nós mesmos e assumir-mos nossa cruz (Mc 8,34), nós passamos a ter os mesmos pensamentos, nos tornando uma só alma, e permanecemos unidos (Fl 2,2). Em Jesus, nada fazemos por causa própria ou por vanglória, mas fazemos tudo com humildade, considerando os outros superiores a nós (Fl 2,3). Por isso, “cada qual tenha vista não os seus próprios interesses e, sim, os dos outros; dedicando-se, mutuamente, á estima que se deve em Cristo Jesus” (Fl 2,4-5). O orgulho leva a decadência pessoas e instituições. A máquina da propaganda religiosa, com a soberba do triunfalismo e o interesse do líder pelo showbizz, leva a trair o Evangelho de Jesus Cristo. .

Autor: Pe. Inácio José do Vale - Escritor e Conferencista - 

Professor de Historia da Igreja - Especialista em Ciência Social da Religião
Fonte: Catolicismo

SER PROTESTANTE...


Pastor entrevista e aprende com o suposto demônio
PROTESTANTE - O QUE É - Uma breve análise dos "intérpretes da Bíblia". Pensando bem: O que é "Ser Protestante" Em um universo de 50 mil denominações "evangélicas", cada uma crendo e defendendo doutrinas diferentes das demais? "Ser Protestante" pouco ou nada significa... Ser Protestante É viajar para algum país e perder sua identidade, porque não encontra um "irmão evangélico" que pense exatamente como ele ou que pratique a religião como ele. 

Ser protestante é acreditar nas revelações dos demônios aos homens, como acontece nos cultos de várias igrejolas protestantes nos quais o pastor literalmente, entrevista demônios incorporados. E foi este mesmo Demônio quem roubou a Tradição dos protestantes, e não se contentando com isto, resolveu roubar-lhes, igualmente, parte das Escrituras. Assim, os protestantes são como aquele que, além de ter um único pé, ainda falta-lhes um pedaço do mesmo. A queda é inevitável. Cheguei a conclusão que a falta de Sabedoria do protestante - além de seu orgulho e pretensão - provém de um erro fundamental em que incorrem todos os revoltosos: O Protestante crê que ele é o único intérprete infalível da Bíblia. Negando a autoridade e a infalibilidade de Pedro, o protestantismo, pela afirmação do livre exame, proclama que todo leitor da Bíblia é Papa, e Papa infalível. 

Leu - Pensa que entendeu...
Assim, o Protestante é alguém que lê a Bíblia, e porque a lê, julga que a entendeu. E julga que o Espírito Santo é o autor daquilo que ele "achou". Não foi difícil concluir, que o protestante faz da Sagrada Escritura um livro chiclets: Cada Protestante puxa e estica a Bíblia para onde quer. O Protestante mastiga a Bíblia, amassa como quer, faz até bola de vento com ela, e depois a explode na cara dos outros, pretendendo que é o Espírito Santo que o fez achar tal e tal coisa. O Protestante julga que ler é juntar as letras. E ele lê, na Bíblia, que "a letra mata" (II Cor. 3, 6). Lê, mas não entende, pois continua a comer letras... bíblicas. E por isso morre espiritualmente. Cheguei a conclusão que a maioria dos protestantes, seguirá, gerações afora, deturpando, consciente ou inconscientemente, a verdadeira mensagem de Jesus Cristo, selecionando da Bíblia apenas as passagens que lhes convém, e esquecendo as demais. 

Morto pela Letra...
Não importa que a acusação protestante tenha sido refutada mil vezes, inclusive com citações bíblicas. Como o protestante lê mas não entende, porque está morto pela letra, ele jamais entende, ainda que se lhe deem muitas palavras. Assim, O Protestante negaria até Cristo em pessoa, se Ele lhe aparecesse dizendo o contrário do que pensa o "Protestantismo". Não foi difícil concluir que o Protestante só Crê nele mesmo, é seu próprio ídolo. Assim sendo, cale-se a ignorância ante a sabedoria. Cale-se a heresia em face da ortodoxia. Cale-se a insolência dos soberbos face a humildade do Papa legítimo Sucessor de Pedro Que Deus tenha piedade deles !!!.

HISTORIADOR PROTESTANTE SE CONVERTE À IGREJA CATÓLICA


HISTORIADOR PROTESTANTE SE CONVERTE A IGREJA CATÓLICA



historiador
Eu fui criado como um protestante evangélico, em Birmingham, no Alabama. Meus pais eram amorosos e dedicados, sinceros em sua fé, e profundamente envolvidos em nossa igreja. Eles incutiram em mim o respeito pela Bíblia como a Palavra de Deus, e um desejo e uma fé viva em Cristo. Missionários frequentavam nossa casa e traziam o seu entusiasmo pelo seu trabalho. As estantes em nossa casa estavam cheias de livros de teologia e apologética. Desde cedo, eu absorvi a noção de que a minha maior vocação era ensinar a fé cristã. Suponho que não seja nenhuma surpresa que eu tenha me tornado um historiador da Igreja, mas me tornar um católico era a última coisa que eu esperava.

A igreja da minha família era nominalmente Presbiteriana, mas as diferenças denominacionais significavam muito pouco para nós. Eu frequentemente ouvia que divergências sobre o batismo, a ceia, ou o governo da igreja do Senhor não eram importantes, desde que eu acreditasse no Evangelho. Assim, queríamos dizer que a pessoa deve 
“nascer de novo”, que a salvação é pela fé, e que a Bíblia é a única autoridade para a fé cristã. Nossa igreja apoiava os ministérios de muitas denominações protestantes diferentes, mas o grupo certamente estava em oposição a Igreja Católica.
O mito de uma “recuperação” protestante do Evangelho era forte em nossa igreja. Eu aprendi muito cedo a idolatrar os reformadores protestantes Martinho Lutero e João Calvino, porque supostamente haviam resgatado o Cristianismo das trevas do Catolicismo medieval. Os católicos eram os que confiavam nas“boas obras” para levá-los para o céu, que se renderam à tradição ao invés das Escrituras, e que adoravam Maria e os santos em vez de Deus. Sua obsessão com os sacramentos também criou um enorme obstáculo para a verdadeira fé e um relacionamento pessoal com Jesus. Não havia dúvida. Os católicos não eram verdadeiros cristãos.
...atmosfera intelectual do meio acadêmico em Oxford!
Nossa igreja era caracterizada por uma espécie de intelectualismo confiante. Presbiterianos tendem a ser bastante ou teologicamente intelectuais, e professores de seminário, apologistas, cientistas e filósofos eram os oradores frequentes de nossas conferências. Foi essa atmosfera intelectual que atraiu o meu pai para a igreja, e suas estantes estavam lotadas com as obras do reformador João Calvino, e do puritano Jonathan Edwards, bem como autores mais recentes como B.B. Warfield, A.A. Hodge, C.S. Lewis e Francis Schaeffer. Como parte dessa cultura acadêmica, tomávamos como certo que a investigação honesta levaria alguém a nossa versão da fé cristã.
Todas estas influências deixaram impressões definitivas sobre mim como uma criança. Eu comecei a achar o Cristianismo um pouco parecido com a física newtoniana. A fé cristã consistia em certas leis eminentemente razoáveis e imutáveis, e a você estava garantida a vida eterna, desde que você tivesse construído a sua vida de acordo com esses princípios. Eu também pensava que esta era a mensagem claramente enunciada no livro oficial da teologia cristã: a Bíblia. Somente a confiança irracional na tradição humana ou a indiferença depravada poderia explicar o fracasso de alguém se agarrar a estas simples verdades.
Havia uma estranha ironia neste ambiente altamente religioso e teológico. Deixava-se claro que era a fé e não as obras que salvavam. Também se confessava a crença protestante clássica de que todas as pessoas estão “totalmente depravadas”, o que significa que até mesmo os seus melhores esforços morais são intrinsecamente odiosos para Deus e nada podem merecer. No momento em que cheguei a escola, eu coloquei essas peças e conclui que a prática religiosa e o esforço moral eram mais ou menos irrelevantes para a minha vida. Não que eu tenha perdido a minha fé. Pelo contrário, eu a absorvi completamente. Eu tinha aceitado a Cristo como meu Salvador e era um “renascido”. Eu acreditava que a Bíblia era a palavra de Deus. Eu também acreditava que nenhum dos meus trabalhos religiosos ou morais tinha qualquer valor. Então eu parei de praticá-los.
Felizmente, a minha indiferença durou apenas alguns anos, e eu tive uma verdadeira reconversão à fé na faculdade. Descobri que a minha necessidade de Deus era mais profunda do que um simples “seguro contra incêndio”. Eu também conheci uma linda garota com quem eu comecei a ir aos cultos protestantes. Jill tinha sido criada nominalmente católica, mas não conseguiu manter-se na prática de sua fé após a Confirmação. Juntos, nós nos encontrávamos crescendo mais profundamente na fé protestante, e depois de alguns meses, ambos nos tornamos desiludidos com a atmosfera mundana da nossa Universidade de Nova Orleans. Concluímos que o Centro-Oeste americano e a faculdade evangélica Wheaton College iria nos proporcionar um ambiente mais espiritual, e nos transferimos os dois no meio do nosso segundo ano (em Janeiro de 1991).
Wheaton College
Wheaton College, é um farol para cristãos evangélicos sinceros vindos de várias origens. Protestantes de diversas denominações diferentes ficam representados, unidos em seu compromisso com Cristo e a Bíblia. Minha infância me ensinou que a teologia, a apologética e o evangelismo eram a maior vocação do cristão, e eu encontrei-os todos em oferta abundante na Wheaton College. Foi aí que pensei pela primeira vez em comprometer a minha vida ao estudo da teologia. Foi também na Wheaton College que Jill e eu nos tornamos noivos.
Depois da formatura, Jill e eu nos casamos, e finalmente, fizemos o nosso caminho para a Universidade Evangélica Trindade Divina, em Chicago. O meu objetivo era ter uma educação de seminário, e eventualmente, completar o meu grau de Ph.D. Eu queria me tornar um daqueles professores de teologia que admirava tanto na igreja durante a minha juventude.
Atirei-me no seminário abandonando tudo. Eu amei meus cursos de teologia, da Escritura e da história da Igreja, e eu prosperei sobre a fé, confiança e sentido de missão que permeavam a escola. Eu também abracei a sua atmosfera anti-católica. Eu estava lá em 1994, quando o documento “Evangélicos e Católicos Juntos” foi publicado pela primeira vez e a faculdade foi quase que uniformemente hostil a ele. Eles viam qualquer compromisso com os católicos como sendo uma traição à Reforma. Os católicos não eram simplesmente irmãos no Senhor. Eles eram apóstatas.
Eu aceitava as atitudes anti-católicas de meus professores de seminário, por isso, quando chegou a hora de seguir em frente nos meus estudos, decidi me focar em um estudo histórico da Reforma. Eu pensava que não poderia haver uma preparação melhor, para atacar a Igreja Católica e ganhar convertidos, do que conhecer profundamente as mentes dos grandes líderes de nossa fé – Martinho Lutero e João Calvino. Eu também queria entender toda a história do Cristianismo para que pudesse colocar a Reforma no contexto. Eu queria ser capaz de mostrar como a igreja medieval tinha abandonado a verdadeira fé e como os reformadores a tinham recuperado. Para este fim, comecei estudos de Ph.D. em teologia histórica na Universidade de Iowa. Eu nunca imaginava que a história da Reforma da Igreja iria me levar a Igreja Católica.
Antes que começasse meus estudos em Iowa, Jill e eu testemunhamos o nascimento do nosso primeiro filho, um menino. Seu irmãozinho nasceu menos de dois anos depois, e uma irmã chegou antes de sairmos de Iowa (e agora temos cinco filhos). Minha esposa estava muito ocupada cuidando das crianças, enquanto eu me comprometia quase que inteiramente aos meus estudos. Vejo hoje que eu passei muito tempo na biblioteca e não tempo suficiente com a minha esposa, meus filhos e minha filha. Eu acho que justifica essa negligência a confiança no meu senso de missão. Eu tinha uma vocação – para testemunhar a fé através do estudo teológico – e uma visão intelectual da fé cristã do meu dever cristão. Para os cristãos evangélicos, o que se acredita ser mais importante é o que a pessoa vive. Eu estava aprendendo a defender e promover essas crenças. O que poderia ser mais importante?
Eu comecei meus estudos de doutorado em Setembro de 1995. Fiz cursos no início, de história medieval e da Reforma da Igreja. Eu li os Padres da Igreja, os teólogos escolásticos, e os reformadores protestantes. Em cada etapa, tentei relacionar teólogos posteriores aos anteriores, e todos eles com as Escrituras. Eu tinha um objetivo de justificar a Reforma e isso significava, acima de tudo, investigar a doutrina da“justificação pela fé”. Para os protestantes, esta é a doutrina mais importante “recuperada” pela Reforma.
SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
Os reformadores insistiam em que eles estavam seguindo a antiga igreja ao ensinar a “Sola Fide”, e como prova apontavam para os escritos do Padre da Igreja, Santo Agostinho de Hipona (354-430). Meus professores de seminário também apontavam para Agostinho como a fonte originária da teologia protestante. A razão para isso era o interesse de Agostinho nas doutrinas do pecado original, graça e justificação. Ele foi o primeiro dos Padres a tentar uma explicação sistemática desses temas paulinos. Ele também colocou um nítido contraste entre “obras” e “fé” (veja sua obra “Sobre o Espírito e a Letra”, 412 A.D.). Ironicamente, foi a minha investigação desta doutrina e de Santo Agostinho, o que começou a minha jornada para a Igreja Católica.
Minha primeira dificuldade surgiu quando comecei a entender o que realmente Santo Agostinho ensinou sobre a salvação. Em poucas palavras, Agostinho rejeitou a “Sola Fide”. É verdade que ele tinha um grande respeito pela fé e graça, mas via estas principalmente como a fonte de nossas boas obras. Agostinho ensinou que nós literalmente“merecemos” a vida eterna, quando nossas vidas são transformadas pela graça. Isto é completamente diferente do ponto de vista protestante.
As implicações de minha descoberta foram profundas. Eu não sabia o suficiente dos meus dias de faculdade e seminário para entender que Agostinho ensinava nada menos que a doutrina católica romana da justificação. Decidi passar então para os Padres mais antigos da Igreja em minha busca pela “fé pura”da antiguidade cristã. Infelizmente, os Padres mais antigos da Igreja eram ainda de menos ajuda do que Agostinho.
Agostinho vinha do Norte da África de fala de língua Latina. Outros vieram da Ásia Menor, Palestina, Síria, Roma, Gália, e do Egito. Eles representavam diferentes culturas, falavam línguas diferentes, e foram associados a diferentes apóstolos. Eu pensei que seria possível que alguns deles pudessem ter entendido mal o Evangelho, mas parecia improvável que todos iriam se confundir. A verdadeira fé tinha de estar representada em algum lugar do mundo antigo. O único problema era que eu não poderia encontrá-la. Não importa para onde eu olhasse, em qualquer continente, em qualquer século, os Padres concordavam: a salvação vem por meio da transformação da vida moral e não somente pela fé. Eles também ensinaram que essa transformação começa e é alimentada nos sacramentos, e não através de alguma experiência de conversão individual.
Nesta fase da minha jornada eu estava ansioso para continuar a ser um protestante. Toda a minha vida, casamento, família e carreira, estavam ligados ao protestantismo. As minhas descobertas na história da Igreja eram uma enorme ameaça para a minha identidade, então eu me virei para os estudos bíblicos a procura de conforto e ajuda. Eu pensei que se eu pudesse ficar absolutamente confiante no recurso dos reformadores com as Escrituras, então eu basicamente poderia demitir 1500 anos de história cristã. Evitei a academia católica, ou livros que eu achava que tinham a intenção de minar a minha fé, e preferi me concentrar no que eu achava que eram as obras protestantes mais objetivas, históricas e também de erudição bíblica. Eu estava procurando por uma prova sólida de que os reformadores estavam certos em sua compreensão de Paulo. O que eu não sabia era que os melhores da academia protestante do Século XX já haviam rejeitado a leitura de Lutero da Bíblia.
Lutero baseou toda a sua rejeição da Igreja sobre as palavras de Paulo: “Uma pessoa é justificada pela fé, independentemente das obras da lei” (Romanos 3, 28). Lutero assumiu que este contraste entre “fé” e“obras” significava que não havia papel para a moralidade no processo da salvação (de acordo com a visão tradicional protestante, o comportamento moral é uma resposta para a salvação, mas não um fator contribuinte). Eu aprendi que os primeiros Padres da Igreja rejeitaram essa visão. Agora eu havia encontrado toda uma série de estudiosos protestantes também dispostos a testemunhar que isso não é o que Paulo quis dizer.
Os Padres da Igreja do Século II acreditavam que Paulo havia rejeitado a relevância somente da lei judaica para a salvação (“obras da lei” = lei mosaica). Eles viam a fé como a entrada para a vida da Igreja, os sacramentos, e o Espírito. A fé nos admite os meios da graça, mas não é em si um motivo suficiente para a salvação. O que eu vi nos mais recentes e altamente respeitados estudiosos protestantes é o mesmo ponto de vista. A partir do último terço do Século XX, estudiosos como E.P. Sanders, Krister Stendhal, James Dunn e N. T. Wright, têm argumentado que o protestantismo tradicional interpretou profundamente mal a Paulo. De acordo com Stendhal e outros, a justificação pela fé é principalmente sobre as relações entre judeus e gentios, e não sobre o papel da moralidade como condição de vida eterna. Juntos, o seu trabalho tem sido referido como “A Nova Perspectiva sobre Paulo”.
Minha descoberta desta “Nova Perspectiva” foi um divisor de águas na minha compreensão das Escrituras. Eu vi, para começar, que a “Nova Perspectiva”, era na verdade a “Velha Perspectiva” dos primeiros Padres da Igreja. Comecei a testá-la contra a minha própria leitura de Paulo e descobri que ela tinha sentido. Ela também resolveu a tensão de longa data que eu sempre senti entre Paulo e o resto da Bíblia. Mesmo Lutero tinha tido dificuldade em conciliar sua leitura de Paulo com o Sermão da Montanha, a Epístola de São Tiago, e o Antigo Testamento. Uma vez que eu tentei a “Nova Perspectiva” esta dificuldade desapareceu. Relutantemente, eu tive que aceitar que os reformadores estavam errados sobre a justificação.
Essas descobertas no meu trabalho acadêmico foram paralelas em certa medida à descobertas na minha vida pessoal. A teologia protestante distingue fortemente crença de comportamento, e eu comecei a ver como isso me afetou. Desde a infância, eu sempre tinha identificado teologia, apologética e evangelismo como a mais alta vocação na vida cristã, enquanto as virtudes deveriam ser meros frutos da crença correta. Infelizmente, descobri que os frutos não estavam apenas faltando em minha vida, mas que minha teologia tinha realmente contribuído para os meus vícios. Ela me fez censura, orgulhosa, e argumentativa. Eu também percebi que tinha feito a mesma coisa para os meus heróis.
Quanto mais eu aprendia sobre os reformadores protestantes, menos pessoalmente eu gostava deles. Eu reconheci que o meu próprio fundador, João Calvino, era um homem arrogante e auto-importante, que foi brutal para com os seus inimigos, nunca aceitou a responsabilidade pessoal, e condenava a qualquer um que não concordasse com ele. Ele chamou a si mesmo de profeta e atribuiu autoridade divina ao seu próprio ensino. Isto contrasta totalmente com bastante do que eu estava aprendendo sobre os teólogos católicos. Muitos deles eram santos, significando que eles tinham vivido vidas de abnegação e caridade heroica. Mesmo os maiores deles – homens como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino – também reconheciam que eles não tinham autoridade pessoal para definir o dogma da Igreja.
Exteriormente, permaneci firmemente anti-católico. Continuei a atacar a Igreja e a defender a Reforma, mas interiormente eu estava em uma agonia psicológica e espiritual. Descobri que minha teologia e todo o trabalho da minha vida foram fundamentados em uma mentira, e que a minha própria vida ética, moral e espiritual estava profundamente carente. Eu estava perdendo rapidamente a minha motivação para contestar o Catolicismo, e em vez disso eu queria simplesmente saber a verdade. Os reformadores protestantes tinham justificado a sua revolta por um apelo à “Sola Scriptura”. Meus estudos da doutrina da justificação tinham me mostrado que a Escritura não era o guia tão claro como os reformadores alegavam. E se todo o seu apelo a “Sola Scriptura” fosse equivocado? Por que, afinal, eu trataria a “Sola Scriptura”como a autoridade final?
Quando eu levantei essa questão para mim, percebi que eu não tinha uma boa resposta. A verdadeira razão pela qual apelava para a “Sola Scriptura” era que isso é o que havia me sido ensinado. Ao estudar o assunto, descobri que nenhum protestante já deu uma resposta satisfatória para esta pergunta. Os reformadores realmente não defenderam a doutrina da “Sola Scriptura”. Eles simplesmente a afirmaram. Pior ainda, eu aprendi que os teólogos protestantes modernos que tentaram defender a “Sola Scriptura” o fizeram com um apelo à tradição. Isso me parecia ilógico. Eventualmente, eu percebi que a “Sola Scriptura” não está nem mesmo nas Escrituras. A doutrina é auto-refutável. Vi também que os primeiros cristãos não sabiam mais de “Sola Scriptura”, do que haviam conhecido de “fé”. Sobre as questões de como somos salvos e como definimos a fé, os cristãos mais antigos encontravam o seu centro na Igreja. A Igreja era tanto a autoridade sobre a doutrina cristã, bem como o instrumento de salvação.
TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA
A Igreja era a questão para a qual eu continuava me voltando. Os evangélicos tendem a ver a Igreja como simplesmente uma associação de fiéis unidos mentalmente. Até mesmo os reformadores, Lutero e Calvino, tinham uma visão muito mais forte da Igreja do que isso, mas os antigos cristãos tinham a doutrina mais sublime de todas. Eu costumava ver sua ênfase na Igreja como anti-bíblica, ao contrário da “fé”, mas eu comecei a perceber que era minha tradição evangélica que era anti-bíblica.
A Escritura ensina que a Igreja é o Corpo de Cristo (Efésios 4, 12). Os evangélicos tendem a descartar isso como mera metáfora, mas os antigos cristãos pensavam nisso como, literalmente, embora misticamente, a verdade. São Gregório de Nissa disse: “Aquele que contempla a Igreja realmente contempla Cristo.”Enquanto eu pensava sobre isso, eu percebia que ele disse uma verdade profunda sobre o significado bíblico da salvação. São Paulo ensina que os batizados foram unidos a Cristo na sua morte, para que também eles fossem unidos a ele na ressurreição (Romanos 6, 3-6). Esta união, literalmente, torna o cristão um participante da natureza divina (2 Pedro 1, 4). Santo Atanásio poderia até dizer, “Ele se fez homem para que pudéssemos ser elevados a Deus” (De Incarnatione, 54,3). A antiga doutrina da Igreja agora fazia sentido para mim, porque eu via que a própria salvação nada mais é que a união com Cristo e um crescimento contínuo em sua natureza. A Igreja não é uma mera associação de pessoas com interesses semelhantes. É uma realidade sobrenatural porque compartilha da vida e ministério de Cristo.
Essa percepção também fazia sentido na doutrina sacramental da Igreja. Quando a Igreja batiza, absolve os pecados, ou acima de tudo, oferece o Santo Sacrifício da Missa, é realmente Cristo quem batiza, absolve e oferece o seu próprio Corpo e Sangue. Os sacramentos não diminuem a Cristo. Eles o tornam presente.
As Escrituras são bastante simples sobre os sacramentos. Se você tomá-los literalmente, você deve concluir que o batismo é o “banho de renascimento e renovação pelo Espírito Santo” (Tito 3, 5). O que Jesus quis dizer quando disse: “A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida”(João 6, 55). Ele não estava mentindo quando ele prometeu “a quem perdoardes os pecados lhes serão perdoados” (João 20, 23). Isto é exatamente como os antigos cristãos entendiam os sacramentos. Eu já não podia acusar os antigos cristãos de serem anti-bíblicos. Por que razão eu deveria rejeitá-los em tudo?
A antiga doutrina cristã da Igreja também fez sentido na questão da veneração dos santos e mártires. Eu aprendi que a doutrina católica sobre os santos é apenas um desenvolvimento desta doutrina bíblica do Corpo de Cristo. Os católicos não adoram os santos. Eles veneram a Cristo em seus membros. Ao invocar a sua intercessão, os católicos apenas confessam que Cristo está presente e operante na sua Igreja no céu. Os protestantes frequentemente objetam que a veneração dos santos católicos de alguma forma diminui o ministério de Cristo. Eu comecei a entender agora que o inverso é a verdade. São os protestantes que limitam o alcance da obra salvadora de Cristo, negando suas implicações para a doutrina da Igreja.
Meus estudos mostraram essa teologia concretizada na devoção da Igreja antiga. Conforme eu continuava a minha investigação de Santo Agostinho, eu aprendia que esse “herói protestante” abraçou completamente a veneração de santos. Peter Brown (nascido em 1935), um estudioso de Santo Agostinho, também me ensinou que os santos não estavam relacionados com o Cristianismo antigo. Ele argumentou que não se pode separar o Cristianismo antigo da devoção aos santos, e ele colocou Santo Agostinho diretamente nesta tradição. Brown mostrou que esta não era uma mera importação pagã no Cristianismo, mas sim estava ligado intimamente à noção cristã de salvação (Veja “O Culto dos Santos: A Sua Origem e Função no Cristianismo Latino”).
Quando entendi a posição católica sobre a salvação, a Igreja e os santos, os dogmas marianos também pareciam se encaixar. Se o coração da fé cristã é a união de Deus com a nossa natureza humana, a Mãe desta natureza humana tem um papel extremamente importante e único em toda a história. Por isso, os Padres da Igreja sempre celebraram Maria como a segunda Eva. O seu “sim” a Deus na anunciação desfez o “não” de Eva no jardim. Se era apropriado, venerar os santos e mártires da Igreja, quanto mais apropriado não seria dar honra e veneração a ela que tornou possível nossa redenção?
No momento em que eu terminei meu doutorado, eu tinha revisto completamente a minha compreensão da Igreja Católica. Vi que a sua doutrina sacramental, a sua visão da salvação, sua veneração a Maria e aos santos, e suas reivindicações de autoridade estavam todas fundamentadas nas Escrituras, nas tradições mais antigas, e no claro ensino de Cristo e dos apóstolos. Eu também percebi que o protestantismo era uma massa confusa de inconsistências e lógica torturada. Não só era falsa a doutrina protestante, mas criava contenção, e não poderia mesmo permanecer inalterada. Quanto mais eu estudava, mais eu percebia que a minha herança evangélica tinha me movido para longe não só do Cristianismo antigo, mas mesmo a partir do ensino de seus próprios fundadores protestantes.
CATACUMBAS - IGREJA PRIMITIVA
Os evangélicos americanos modernos ensinam que a vida cristã começa quando você “convida Jesus a entrar em seu coração”. A conversão pessoal (o que eles chamam de “nascer de novo”) é vista como a essência e o começo da identidade cristã. Eu sabia a partir de minha leitura dos Padres que este não era o ensino da Igreja primitiva. Eu aprendi estudando os reformadores que não era nem mesmo o ensino dos primeiros protestantes. Calvino e Lutero tanto inequivocamente identificavam o batismo como o início da vida cristã. Eu procurei em vão em suas obras por qualquer exortação ao “novo nascimento”.Eu também aprendi que não descartavam a Eucaristia como sem importância, como eu o fazia. Enquanto eles rejeitavam a teologia católica sobre os sacramentos, ambos continuaram a insistir que Cristo está realmente presente na Eucaristia. Calvino mesmo ensinou em 1541 que uma compreensão adequada desta Eucaristia é “necessária para a salvação”. Ele não sabia nada do individualista, do Cristianismo do “novo nascimento” no qual eu havia crescido.
Terminei a minha licenciatura em Dezembro de 2002. Os últimos anos de meus estudos foram realmente muito obscuros. Mais e mais, parecia-me que os meus planos estavam ficando desequilibrados, e o meu futuro na escuridão. Minha confiança ficou muito abalada e eu realmente duvidava, que eu poderia acreditar em qualquer coisa. O Catolicismo começou a me parecer como a interpretação mais razoável da fé cristã, mas a perda da fé de minha infância foi demolidora. Orei por orientação. No final, eu creio que foi a graça que me salvou. Eu tinha uma esposa e quatro filhos, e Deus finalmente me mostrou que eu precisava de mais do que os livros em minha vida. Sinceramente, eu também precisava de mais do que“somente a fé”. Eu precisava de ajuda real para viver a minha vida e batalhar contra os meus pecados. Encontrei isso nos sacramentos da Igreja. Em vez da “Sola Scriptura”: eu precisava da orientação verdadeira de um professor com autoridade. Encontrei isso no Magistério da Igreja. Descobri realmente que toda a minha companhia eram os santos no céu – e não apenas os seus livros sobre a terra. Em suma, eu descobri que a Igreja Católica foi idealmente formada para atender as minhas necessidades espirituais reais. Além de verdade, descobri Jesus em sua Igreja, através de sua Mãe, e em toda a companhia dos seus santos. Entrei na Igreja Católica em 16 de Novembro de 2003. 

Minha esposa também tinha sua própria aversão contra as profundezas da Igreja e hoje minha família é uma família feliz e entusiasticamente católica. 

Agradeço aos meus pais por me apontarem Cristo e as Escrituras. 

Agradeço a Santo Agostinho por me apontar a Igreja.

Autor: A. David Anders, PhD 
Fonte: Coming Home Network/ Tradução: Tonynho Camposa