Milagre o Testemunho da Verdade

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Allan Kardec, sobre os negros: “sem dúvida, são uma raça inferior”


esqueletoOs últimos posts que publicamos sobre espiritismo têm mostrado o quanto de respostas clichês certa gente despreparada se utiliza. Nos atacam nas redes sociais com estratégias desonestas, revestidas de uma fina camada de um verniz que mistura hipocrisia e falsa caridade.
Funciona assim, mais ou menos: “Calem a boca! Quem são vocês católicos (aí começa o desfile de clichês – inquisição, pedofilia de clérigos, blá-blá-blá genérico de zé mané que só leu os livros da tia Teteca e os “auto-ajuda” da Zíbia Capiroto). Continua com: “leiam mais, estudem…” (o que no fundo quer dizer: concordem com o que eu penso). E não adianta você informar que possui uma biblioteca com mais de 100 livros sobre o assunto.
Por fim, o arremate luxuoso de: “espero que Jesus olhe por vocês desperte em seus corações duros a verdadeira caridade”. É o cúmulo da paralaxe cognitiva que um acusador não-cristão querer usar Nosso Senhor Jesus Cristo contra nós (já mostramos aqui por que é impossível que o espiritismo seja considerado uma religião cristã).
Essa introdução enorme se fez necessária porque o que vai a seguir é uma análise crítica de uma fonte histórica de lavra do próprio Sr. Rivail, mais conhecido como “druidoidão” Allan Kardec. Se depois de ler isso aqui um negro continuar nas fileiras do espiritismo, só posso concluir que o cara é sadomasô.
Afinal, o que é FRENOLOGIA?
frenologiaEssa explicação é para situar vocês no que Kardec fala a seguir.
A frenologia era uma pseudociência, cujo objetivo era o estudo da estrutura do crânio, de modo a determinar o caráter das pessoas e a sua capacidade mental. Dependendo do formato, tamanho e peso da sua cachola eu posso dizer quem tu és! É a mesma lógica da ASTROLOGIA: dependendo de onde Vênus estava quando tu nasceste, ficaste com a personalidade assim ou assada.
Como diria Paulo Francis: Waaaaall!!!!!!
Isso é bem típico da onda positivista, que queria “codificar” todo e qualquer aspecto da vida humana. A frenologia caiu há muitas décadas como conhecimento científico que se leve a sério. Hoje, é só mais uma curiosidade histórica.
Para Kardec, os negros possuem um espírito inferior
Estamos na primavera, na França, em 1862, no mês de abril. Foi então que o Sr. Kardec publicou o seguinte artigo na Revista Espírita: “Frenologia espiritualista e espírita - Perfectibilidade da raça negra.” O artigo inicia-se com a seguinte questão:
“A raça negra é perfectível?” [isto é, pode evoluir até alcançar a perfeição espiritual?] 
Eis a conclusão do “iluminado” codificador (grifos nossos):
Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos, como espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa; mas por cuidados inteligentes, pode se sempre modificar certos hábitos, certas tendências, e já é um progresso que levarão numa outra existência, e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um envoltório em melhores condições.”
Sim, foi isso que vocês leram. Kardec afirma que os espíritos não podem alcançar, em um corpo negro, a “perfectibilidade” dos brancos europeus. Podem até evoluir algo (bem pouco), mas somente poderão alcançar a perfeição em outra vida, reencarnando em um corpo branco (o tal “envoltório em melhores condições”). Porque nesta vida, com essa cor escura na pele… não tem jeito!
pica_pau_cataratas
Muitos espíritas defendem seu herói com o fervor de um muçulmano em jihad, dizendo que esse era o pensamento dominante na época. Outros dizem que a ciência ainda era muito rudimentar… Mas nenhum, absolutamente nenhum kardecista leva em conta que Kardec não tinha o menor critério em dar pitaco em áreas alheias às suas limitadas aptidões. Sim, ele considerava a frenologia uma ciência real; sim, com base nisso ele considerava negros, indígenas e outros indivíduos de raças não-caucasianas como seres inferiores. E a “prova” dessa inferioridade estava nas suas feições e nos formatos cranianos. Isso, sinceramente, me faz passar mal.
A frenologia é o ponto de partida para Kardec fundamentar e justificar sua análise e a base para a compreensão do assunto. Por outro lado, ele considera que essa “ciência” não é suficiente para determinar o caráter absoluto de uma pessoa. Para complementar suas observações, ela acha imprescindível o conhecimento espírita. TÁ SERTO!!!!
Mas tem muito mais. Vejam como Kardec define os nobres como ele, de nascimento europeu, e como, sem a menor cerimônia, rebaixa os nascidos em outros rincões do planeta:
“(…) por que nós, civilizados, esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes que em corpos negros? Por que Deus nos isentou do longo caminho [de evolução espiritual] que o selvagem tem que percorrer?”
A resposta “genial” é, em seguida, nos ofertada:
“(…) Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso ulterior; se a alma do selvagem de progredir ulteriormente, é que ela nos alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens…”
Ou seja: pra ele, o negro deve evoluir espiritualmente até poder nascer no corpo de um homem branco! E reparem que Kardec entende “negro” e “selvagem” como termos sinônimos.
Para exemplificar sua tese, Kardec utiliza-se do caso Dumollard, um serial killer que ficou conhecido como “O Vampiro de Lyon”. Ele matava suas vítimas e bebia seu sangue. Dummolard era de provável origem centro-africana, e Kardec nos diz que esse tipo de comportamento, naquela parte do mundo, é considerado normal. Afinal… negros são brutos! Momento Olavo de Carvalho: MEU DEEEEEEUUUUUSSSSS!!!!
olavo_carvalho
Segundo Kardec, o exame frenológico das “raças inferiores” constata a predominância das FACULDADES instintivas e a atrofia dos órgãos da inteligência (para a frenologia, o cérebro é composto de 26 órgãos). E fundamenta ainda mais essa tese citando o físico e astrônomo francês François Arago. Para Kardec, caso Arago tivesse nascido “sob uma pele negra”, jamais seria o gênio que foi. Simplificando: você negro, pelo fato de ser negro, é incapaz de entender Astronomia. Vai debulhar milho!
Kardec, ao chegar a esse ponto em seu artigo, fala da possibilidade de aprimoramento da raça negra por “cruzamento com as raças mais aperfeiçoadas”. Assim, criou uma sinuca de bico evolucionária, a qual ele tentou resolver com essa tacada:
“(…), as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos,(…). Eis porque a raça negra, enquanto raça negra, corporalmente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; (…).”
Para quem quiser ler o texto original na íntegra, é só acessar este site espírita: Portal do Espírito.
este não é o único texto racista dentro da obra de Kardec. Há diversos outros, divulgados abertamente pelos espíritas. Entre eles, o trecho abaixo, retirado de suas “Obras Póstumas”. E Kardec não estava convicto somente de ser um branco superior e evoluído. Ele se achava também um branco lindo e sensual… um GATO! Enquanto os negros, para ele, eram todos feios.
O negro pode ser belo para o negro, como um gato para os gatos; mas não o é no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, os lábios grossos, acusam a materialidade dos instintos; podem perfeitamente exprimir as paixões violentas, mas nunca as delicadas variedades do sentimento e as modulações de um Espírito elevado. Eis porque podemos (…) julgar-nos mais belos que o negro…”
Obras Póstumas, cap. “Teoria do Belo”. Texto na íntegra: site Centro Espírita
kardec_gostoso
A tão propalada “caridade” espírita é toda calcada nesse postulado. Ela é aplicável não só aos negros, mas também a todos os não-espíritas. É uma hierarquização: eles se veem como gênios de QI 180 a observar os brutos pedreiros tentando resolver problemas de física quântica.
Mas não vamos culpar Allan Kardec integralmente; quem conhece marxismo e darwinismo sabe muito bem que esse tipo de pensamento tosco é muito típico dessas linhas de pensamento.
O espiritismo é desconsiderado completamente na sua terra mãe, a França, que se divide hoje entre católicos, muçulmanos e ateus. Somente aqui no bananistão esse tipo de espiritualidade alcançou algum êxito. Por razões que fogem ao meu conhecimento, os brasileiros – e principalmente os católicos brasileiros – têm uma tara por regimes tecnocratas.
O espiritismo carrega em sua matriz filosófica muito daquilo de mais podre que o positivismo cientificista legou ao mundo. Sob um verniz de caridade, esconde-se um monstro, um monstro que esse blogueiro aqui alimentou por muito tempo; depois de muita meditação e estudo, ao pedir perdão ao verdadeiro Deus, deixou-o para trás faminto, sem se arrepender um minuto sequer.
Agora vamos aguardar os comentários que se seguirão, com o mesmo blá-blá-blá anticatólico, desviando o foco do objeto em análise.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês.

Fonte. http://ocatequista.com.br/archives/9978

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